sábado, 31 de janeiro de 2009

1k) AMERICAN PORTER


Inspirada na atualmente hesitante Porter inglesa, a Porter americana é a criação ingênua inspirada naquela. Graças a muita inovação e originalidade cervejeiros americanos levaram o estilo a outro nível, seja lupulando altamente a cerveja, usando maltes defumados, ou adicionado café ou chocolate para complementar o sabor queimado associado ao estilo. Algumas são até mesmo envelhecidas em barris de bourbon e whisky. A escala de amargor do lúpulo é bem ampla mais a maior parte delas são balanceadas. Muitas também são apenas Porters de fácil degustação. Seu teor alcoólico oscila entre 4 e 7,5%.
O exemplar que ilustra a foto de hoje chama-se Tyranena Devil Over A Barrel, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre American Ales com o subestilo American Stout. Até lá!
Cheers!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

1j) AMERICAN PALE WHEAT ALE


Versão americanizada de uma Hefe Weizen, essas cervejas oscilam de pálidas a douradas em sua coloração. Também remanescentes Hefe Weizens em aparência, exceto a filtragem. Espuma de longa duração com corpo leve a médio; carbonatação mais alta é apropriada. Sabores de Weizen alemã e aromas de ésteres de esters e fenóis lembrando cravo não serão encontrados. A maioria usa uma quantidade substancial de malte de trigo. O caráter de lúpulo deve ir de baixo a alto, mas a maioria traz amargor moderado. Pode haver alguma frutagem da fermentação de Ale, embora a maioria dos exemplos faça uso de levedo de Ale moderadamente neutro, resultando em uma fermentação limpa, com pouco ou nenhum diacetil. Muitas vezes servida com uma rodela de limão (costume popularizado pelos americanos), para cortar o trigo ou o gosto de levedo, que muitos podem considerar um toque saboroso... ou um insulto e algo que prejudica o sabor da cerveja e a retenção de espuma. Nota do editor: me encontro nesse segundo grupo! Seu teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.

O espaço de hoje é ilustrado pelo exemplar do estilo melhor cotado na fonte de consulta, que pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre American Ales com o subestilo American Porter. Até lá!
Cheers!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

1i) AMERICAN PALE ALE (APA)

De origem britânica, esse estilo tornou-se popular em todo o mundo atualmente e o uso de ingredientes locais, ou importados, produz variações nas características de região pra região. Geralmente, espera-se um bom balanço de malte e lúpulos. Ésteres frutados e diacetil pode variar de nenhum a moderado, e o amargor pode oscilar de levemente floral a pungente. Versões americanas tendem a ser mais limpas e lupuladas, enquanto as britânicas tendem a ser mais maltadas, amanteigadas, aromáticas e balanceadas. Oteor alcoólico oscila entre 4 e 7%. O exemplar que ilustra o espaço de hoje é o mais bem cotado de sua categoria na fonte de consulta e pode ser encontrado em
http://beeradvocate.com/beer/profile/140/276

Tem sequência amanhã a série sobre American Ales com o subestilo American Pale Wheat Ale. Até lá!

Cheers!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

1h) AMERICAN IPA


A IPA (India Pale Ale) americana é uma alma diferente do estilo reencarnado IPA. Mais saborosa que a devastante IPA inglesa, sua cor pode variar de um dourado bem pálido até um âmbar avermelhado. Lúpulos tipicamente americanos com grande caráter herbal e/ou cítrico, com amargor também alto. Corpo moderado a médio, com uma espinha dorsal de malte para balancear. Seu teor alcoólico oscila entre 5,5 e 7,5%.

Ilustra o post de hoje a Sierra Nevada Celebration Ale, exemplar melhor cotado do estilo na fonte de consulta e também encontrado em
http://beeradvocate.com/beer/profile/140/1904

Continua amanhã a série sobre American Ales com o subestilo American Pale Ale (APA). Até lá!

Cheers!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

1g) AMERICAN DOUBLE/IMPERIAL STOUT


O estilo pega alguma de sua inspiração da Russian Imperial Stout. Muitas delas são envelhecidas em barril (principalmente de bourbon e whiskey), enquanto algumas são infundidas com café ou chocolate. A escala de álcool varia, mas tende a ver alta, e mais alta que nas Russian Imperial Stout tradicionais. Muito encorpada com ricos sabores tostados, muito mais que nas Stout normais. O teor alcoólico oscila entre 7 e 12%.
O exemplar da foto é o mais bem cotado na fonte de consulta e pode ser encontrado em
Tem sequência amanhã a série sobre American Ales com o subestilo American IPA. Até lá!
Cheers!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

1f) AMERICAN DOUBLE/IMPERIAL IPA


Pegue uma India Pale Ale e adicione esteróides, daí o termo Double IPA. Embora aberta à mesma interpretação que seus estilos irmãos, você deve esperar algo robusto, maltado, alcoólico e com perfil de malte que deva quase estripar sua língua. O termo "imperial" é proveniente da Russian Imperial Stout, um estilo de Strong Stout originalmente envasada na Inglaterra para a corte imperial russa do final dos anos 1700; mesmo assim, Double IPA geralmente é o nome escolhido. O teor alcoólico oscila entre 7 e 14%.

O exemplar que ilustra a foto de hoje é o mais bem cotado na fonte de consulta e se chama Dogfish Head 90 Minute Imperial IPA e pode ser encontrado em
http://beeradvocate.com/beer/profile/10099/2093

Continua amanhã a série sobre American Ales com o subestilo American Double/Imperial Stout. Até lá!

Cheers!

domingo, 25 de janeiro de 2009

1e) AMERICAN DARK WHEAT ALE


Uma versão americanizada da Dunkel Weizen. Essas cervejas apresentam coloração que oscila entre marrom e vermelho-escuro. Geralmente turvas, com espuma de longa duração. Corpo médio a leve, com alto nível de carbonatação. O caráter de lúpulo vai de baixo a alto, com alguma frutagem da fermentação de Ale, embora a maioria dos exemplos use levedo de Ale moderadamente neutro, resultando em uma fermentação limpa, com pouco ou nenhum diacetil. Sabores de caramelo e malte tostado podem estar presentes. Sabores de Weizen alemãs e aromas de ésteres de banana e fenóis lembrando cravo não serão encontrados. Seu teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.

O exemplar que ilustra a foto de hoje é o segundo melhor colocado atualmente na fonte de consulta e se chama Mountainberry 20th Anniversary Double Wheat Ale e pode ser encontrado em http://beeradvocate.com/beer/profile/413/42819

Continua amanhã a família American Ales com o subestilo American Double/Imperial IPA. Até lá!

Cheers!

sábado, 24 de janeiro de 2009

1d) AMERICAN BROWN ALE


Produzida a partir da English Brown Ale, a versão americana pode simplesmente usar ingredientes americanos. Muitas outras versões podem ter adição de café ou nozes. Esse estilo também engloba "Dark Ales". O amargor e sabor de lúpulo tem amplo alcance e o teor alcoólico tampouco é limitado à média, oscilando de 4 a 8%.

O exemplar da foto chama-se Surly Coffee Bender e é o melhor cotado na fonte de consulta. Pode ser encontrado em http://beeradvocate.com/beer/profile/13014/30764
Tem sequência amanhã a série sobre American Ales com o subestilo American Dark Wheat Ale. Até lá!
Cheers!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

1c) AMERICAN BLONDE ALE


É meio que uma criação do movimento de cervejaria artesanal, e remanescente do estilo alemão Kölsch. Sua cor vai de palha-pálida a dourado-escuro. Usualmente uma cerveja só de malte, bem atenuada com paladar ligeiramente maltado. A maioria apresenta uma frutagem subjugada, em segundo plano. O caráter de lúpulo é de uma variedade nobre, ou similar, deixando leve a médio amargor. Uma cerveja balanceada, de corpo leve e por vezes lembra uma Lager. Seu teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.


Um dos exemplares do estilo mais bem cotados na fonte de consulta chama-se Hylands Sturbridge Farmhand Ale e pode ser encontrado em http://beeradvocate.com/beer/profile/85/13554


Tem sequência amanhã a série sobre American Ales com o subestilo American Brown Ale. Até lá!


Cheers!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

1b) AMERICAN BARLEYWINE

Apesar do nome, um Barleywine (ou Barley Wine), ou vinho de cevada, em uma tradução literal, é uma cerveja, embora seja muito forte e intensa. Para falar bem a verdade, é um dos estilos de cerveja mais fortes. Borbulhante e frutado, algumas vezes doce, outras agridoce, mas sempre alcoólico. Uma cerveja dessa força e complexidade pode ser um desafio ao paladar. Espere uma cor que vai da escala do âmbar ao marrom-escuro, com aromas oscilando de frutas intensas e lúpulos intensos. É tipicamente encorpada, o álcool será definitivamente percebido e os sabores podem variar de frutas dominantes a lúpulos fortes e lembrando resina.
Variedades inglesas são bem diferentes das americanas. O que as diferencia é que as versões americanas são insanamente lupuladas, de modo a torna-las mais amargas e com mais gosto de lúpulo, tipicamente usando lúpulos americanos ‘high alpha oil’. Versões inglesas tendem a ser mais desenvolvidas e balanceadas entre malte e lúpulos, com teor alcoólico ligeiramente mais baixo, embora esse não seja sempre o caso. A maior parte dos Barley Wine podem ser armazenados em adegas por anos e tipicamente envelhecem como vinho. Seu teor alcoólico oscila entre 8 e 15%.
O exemplar mais bem cotado do estilo de acordo com a fonte consultada pode ser encontrado em

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

1) AMERICAN ALES a) AMERICAN AMBER/RED ALE


A grosso modo, a primeira representante da família das American Ales é uma categoria que engloba qualquer cerveja que esteja abaixo da escala de cor de uma Dark Ale, variando de âmbar a tonalidades de vermelho-escuro. Esse estilo de cerveja tende a focar-se nos maltes, mas o caráter de lúpulo pode oscilar de baixo a alto. Espera-se que seja uma cerveja balanceada, com carateristicas de malte tostado e leve frutagem na maioria dos exemplos. A escala pode oscilar de uma Ale básica a cervejeiros americanos que envasam cervejas de um falso estilo Oktoberfest, que na verdade são Ales em vez de Lagers. Teor alcoólico médio: 4,0-7,0%

O exemplar do estilo com a melhor avaliação pode ser encontrado em

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

BLACK PRINCESS GOLD



Descrição: mais uma Premium Lager brasileira que se enquadra na categoria de pão líquido, essa mais metida a besta, já que é bem mais cara que outras do gênero. Sua espuma tem aparência inicial volumosa e irregular, cor branca e reduzida longevidade. Boa formação de colarinho. O corpo amarelo-pálido e borbulhante apresenta densidade rala e partículas de tamanho médio. O aroma traz presença moderada de malte, pão claro e bouquet floral (um de seus principais diferenciais). O sabor inicial é moderadamente amargo, sensação esta que se mantém até o final, este de média duração. Esse amargor de lúpulo é mais marcante, estando acima da média do gênero. É também perceptível leve presença de álcool durante o gole. Seu corpo é médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação, final de sensação metálica e levemente alcoólica. Revela-se com boa drinkability, apesar de aparentar perder o gás mais rapidamente que outras, "forçando-a" a ser bebida mais rapidamente.

Custo-benefício: garrafa de 600ml adquirida em um Wal-Mart de Campinas por R$ 9,60. É boa opção, mas mesmo assim, acima do preço; 2/3 do valor estaria muito bem pago.

Nota: 4,5 Skol

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Gostaria de lembrar a todos que amanhã esse beerlog fará uma pausa no review de cervejas e iniciaremos uma nova série (a terceira) sobre estilos de cerveja. Dessa vez, a fonte de consulta será o conceituado site Beer Advocate, complementando os estilos já vistos nas séries do Rate Beer e do BJCP (Beer Judge Certification Program). A família estreante será a das American Ales, com o subestilo American Amber/Red Ale. Até lá!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

TERESÓPOLIS BLACK PRINCESS


Descrição: essa American Dark Lager tem aparência inicial volumosa e cremosa, cor marrom-claro e reduzida longevidade. Boa formação de colarinho. O corpo, marrom-escuro, é opaco. No aroma fareja-se a presença moderada de malte tostado, bem como toques de chocolate ao leite e um pouco de café. O sabor inicial é levemente doce e amargo, sensação esta última que permanece até o final, de média duração. Levíssima semelhança com café no gosto, que permanece até o final, no background. O paladar é composto de um corpo médio-leve, textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica. Sua drinkability é mais alta que qualquer tipo de malzbier e também da Caracu, o que, ainda assim, não a torna uma cerveja saborosa.

Custo-benefício: garrafa de 600ml adquirida em um Wal-Mart em Campinas. Péssimo negócio. Por sua qualidade, metade do valor estaria muitíssimo bem pago e ainda assim a título de conhecimento.

Nota: 2,5 Skol

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domingo, 18 de janeiro de 2009

PETRA BOCK


Descrição: essa Dunkler Bock brasileira tem espuma de aparência inicial grande e cremosa, cor esbranquiçada e espuma duradoura. Boa formação de colarinho. Seu corpo âmbar-escuro é quase opaco e de densidade rala. O aroma apresenta apenas a presença moderada de malte, com algumas notas de melado. O sabor inicial é levemente doce e amargo, mantendo essa última sensação no final, este de média duração. No paladar nota-se um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica e levemente alcoólico. É uma versão "júnior' de uma boa Bock, mas pelo menos lembra o estilo, sendo perfeitamente bebível.


Custo-benefício: garrrafa de 500ml adquirida em um Wal-Mart de Campinas por R$ 9,80. Foi mal negócio, já que, pela sua qualidade, metade daquele valor estaria muito bem pago.


Nota: 6 Skol


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sábado, 17 de janeiro de 2009

BRAHMA MALZBIER


Descrição: essa Schwarzbier (acho até um desaforo o Ratebeer classifica-la assim) foi uma ofensa ao meu paladar, intragável, assim como todas as Malzbier brasileiras que tive a oportunidade de tomar (respeito os admiradores do estilo, mas, infelizmente, vai totalmente contra meu paladar). Seu visual é o único quesito que permanece na média. Apresenta espuma de aparência inicial média e borbulhante, cor marrom-claro e reduzida longevidade. Moderada formação de colarinho. Seu corpo marrom-escuro é opaco, de densidade média. O aroma tem toque moderado de malte tostado, além de algo açucarado, semelhante à açúcar mascavo. O enjoativo sabor inicial é pesadamente doce no início, sensação esta que se mantém até o final, que é acrescido de leve amargor, com média duração. O pobre paladar é composto de um corpo médio-leve, de textura aguada, média carbonatação e um final ligeiramente metálico, ofuscado pela avalanche doce. Sábias foram as palavras de minha mãe, de acordo com quem essa cerveja se parece com uma "aguinha preta com açúcar".

Custo-benefício: lata de 350ml encontrada em supermercados a partir de R$1, é péssimo negócio em qualquer circustância. Nem mesmo pagando para repetir essa trágica experiência.

Nota: 0,8 Skol

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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

BAVÁRIA SEM ÁLCOOL


Descrição: dentre as Low-Alcohol brasileiras que já degustei, essa foi a que mais agradou ao meu paladar. Sua espuma tem aparência inicial média e irregular, cor branca e longevidade bem reduzida. Há moderada formação de colarinho. Seu corpo amarelo-pálido é claro e de densidade rala. O aroma, restrito, traz apenas a presença moderada de malte acompanhada de notas de pão claro. Seu sabor inicial é levemente doce e amargo, apresentando leves acidez e amargor no final, este de média duração. É bem saborosa considerando-se seu estilo, com boa presença de malte e cevada. Seu paladar é composto de um corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica.


Custo-benefício: lata de 350ml encontrada em quaisquer supermercados a partir de R$ 1, é um bom negócio até mesmo se a intenção não for apenas beber uma cerveja sem álcool. Se equipara ou é até melhor que muitas Pale Lager brasileiras do gênero que apresentam alguns defeitos, ao contrário dessa, que é mais balanceada, mesmo sem ser nada de especial.


Nota: 3,5 Skol


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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

BAVÁRIA CLÁSSICA


Descrição: essa Pale Lager brasileira é uma das muitas "iguais" que podem ser encontradas de baciada nas prateleiras dos supermercados brasileiros. Sua espuma tem aparência inicial média e aerada, cor branca e reduzida longevidade. O corpo amarelo-pálido, borbulhante e de densidade rala apresenta boa formação de colarinho. Seu aroma traz pão claro e notas cítricas que lembram limão (azedas). O sabor inicial é levemente amargo e no final, de curta duração, notei moderado dulçor. É chalky (lembrando giz) durante o gole, e difere da definição de "pão líquido" justamente por isso. Seu paladar é composto de corpo leve, textura aguada, forte carbonatação e final de sensação levemente adstringente e alcoólica (leve presença também percebida no aroma).


Custo-benefício: lata de 350ml encontrada em qualquer supermercado por valores que oscilam entre R$ 1 e R$ 1,50. Cerveja de média drinkability, não recomendável, mas quebra um galho dependendo do interesse que se proponha.


Nota: 3,5 Skol


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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

LIBER


Descrição: essa Non-Alcohol brasileira tem espuma alva, de aparência inicial média e borbulhante e reduzidíssima longevidade. Boa formação de colarinho. Corpo borbulhante, de densidade rala e tonalidade amarelo-pálido. O aroma traz a presença de pão claro, lúpulo moderado e grama. Seu sabor é levemente amargo e com leve azedume no início (sensação esta que perdura até o final do gole), apresentando leves dulçor, acidez e amargor no final, este de média duração. Não sei se seria apenas a ausência de álcool, mas parece que falta mais alguma outra coisa. Mesmo assim, tive a impressão que seu sabor melhora a partir da segunda metade da lata; média drinkability. Seu paladar é composto de um corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação levemente adstringente.


Custo-benefício: lata de 350ml pode ser adquirida por cerca de R$ 1,50 em qualquer supermercado. Bom negócio apenas para quem não pode ou não quer ingerir álcool, caso contrário, opte pelas várias opções de mesmo preço e maior qualidade.


Nota: 2 Skol

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

WÄLS TRIPPEL


Descrição: com esse exemplar de hoje, termino de analisar os rótulos dessa promissora cervejaria mineira. Defino sua Pilsen como surpreendente, sua Dubbel como decepcionante (peguei um lote que estava azedo, mas em breve receberei a garrafa de 750ml da fábrica, quando poderei tecer novos comentários, que, tenho certeza, serão favoráveis) e a Trippel como pretensiosa. O adjetivo dessa última definição deve-se ao fato de que o estilo, belga por definição, é muito complexo e é preciso muito know-how para produzi-lo de forma que mantenha todos seus ditames e "cacoetes". A cerveja é muito saborosa e não deixa a desejar em nenhum aspecto, no entanto, digamos que ainda é uma versão "júnior" do resultado que os mestres belgas já atingiram, até mesmo pelo tempo que já a produzem. Sua aparência, porém, perde em nada para suas familiares do além-mar. A espuma apresenta aparência inicial volumosa e irregular, cor alva e reduzida longevidade. Seu corpo âmbar-escuro é borbulhante e turvo, de grossa densidade. Há boa formação de colarinho. Em termos de aroma, notas cítricas de laranja, presença de abacaxi e também um bouquet floral. O agradável e delicado sabor é levemente amargo no início (semelhante a casca de laranja), apresentando moderado dulçor e leves acidez e amargor no final, este de média duração. Notei uma presença cítrica durante todo o gole. O paladar é composto de um corpo médio, de textura aguada (uma de suas principais faltas), forte carbonatação e final de sensação metálica. Falta complexidade, mas, ainda assim, é uma boa representante brasileira do estilo. Fico curioso pra saber se maior tempo de guarda, ou talvez na garrafa de 750ml, a cerveja apresentaria maior complexidade.

Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida por cerca de R$ 9 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR). Pouco acima do valor que eu consideraria justo, talvez 2/3 disso, ainda assim, proveitosa a título de conhecimento.

Nota: 130 Skol

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

HEN'S TOOTH


Descrição: ao ver essa English Strong Ale da cervejaria Greene King na prateleira pensei comigo: "essa promete". Afinal, realmente a garrafa transparente, elegante e com líquido de uma coloração cobre e chamativa, me incentivou a prova-la, mesmo apesar do preço relativamente alto. Despejada no copo, me convenci que havia feito um bom negócio. Uma espuma pomposa, esbranquiçada e de reduzida longevidade acompanhou seu corpo claro, de tonalidade cobre, densidade rala e excelente formação de colarinho. O aroma também agradou, com notas de melado, grama, couro e suave presença de café. Foi no sabor, no entanto, que me dei conta que apesar da bela aparência, o conjunto da Hen's Tooth não era completo. No início, o tradicional amargor do estilo apareceu em leve proporção. Mas, à la Stout, apresentou um crescente e se tornou moderado no final, este de média duração. Seu corpo médio-leve trouxe ao paladar uma textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica.

Custo-benefício: garrafa de 500ml adquirida por R$ 21,90 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR). Vale no máximo a metade disso, perdendo para inúmeros outros exemplares mais baratos e saborosos.

Nota: 90 Skol

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domingo, 11 de janeiro de 2009

BACKER PILSEN


Descrição: com essa Pilsener termino hoje minhas impressões sobre os produtos que já degustei dessa cervejaria mineira, faltando agora apenas o Pale Ale. Quem já tiver provado, gostaria que me dissesse nos comentários o que achou e onde conseguiu compra-las. No tocante ao exemplar em questão, apresentou espuma alva, de aparência inicial volumosa e agitada, com duradoura duração de colarinho para o estilo. Seu corpo borbulhante, de partículas de tamanho médio, densidade rala e tonalidade amarelo-pálido apresentou excelente formação de colarinho. O aroma trouxe ao olfato notas cítricas lembrando lima, além da presença moderada de cevada e toques de mel. Já na boca, sorvi um sabor inicial diversificado, com a tríade moderado dulçor-leve acidez-leve amargor. No final, algo mais tradicional: leves dulçor e amargor - a duração foi média. O dulçor a que me referi, porém, me pareceu estranho, alheio ao sabor de uma Pilsen tradicional. Também nota-se ligeiro toque de mel, bem como toques cítricos. Causou-me espanto e "desgosto" um ligeiro azedume no gole, surgido após alguns minutos de sua inserção no copo. A aparente "complexidade" de características, no entanto, não faz com que o sabor da mesma apresente boa drinkability. Apenas, como eu disse, é algo estranho ao estilo. O paladar foi algo bem tradicional: corpo leve, textura aguada, forte carbonatação e final metálico.

Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR) por R$ 5,90. Péssimo negócio, dado que R$ 2 estariam muito bem pagos e mais a título de conhecimento, uma vez que sua drinkability não é das melhores em se tratando de uma Pilsener. Reitero meu respeito à cervejaria, que procurou produzir algo diferente.

Nota: 2,5 Skol
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sábado, 10 de janeiro de 2009

BACKER BROWN


Descrição: essa Brown Ale produzida em Minas Gerais é mais um exemplar dos três que consegui encontrar dessa cervejaria. Essa, infelizmente, também não me convenceu, principalmente considerando-se o estilo em que se encaixa e ao que apresentou em contrapartida para encaixar-se no mesmo. Sua espuma, marrom-clara, tem volumosa aparência inicial e reduzida longevidade. Seu corpo marrom-escuro é opaco, de densidade grossa e apresenta excelente formação de colarinho. No paladar farejam-se leves notas de toffee e o "carro-chefe" anunciado no rótulo: MUITO chocolate, obviamente inserido de modo artificial - e em excesso. Ainda assim, é um aroma bem agradável, que incita o bebedor a provar qual o gosto de tal cerveja. Desafortunadamente, o quesito anterior não corresponde às expectativas. Seu sabor inicial é levemente doce e amargo, sensações estas que perduram até o final do gole, este de média duração. Notam-se ligeiros toques de chocolate no paladar, este composto por um corpo médio-leve, de textura aguada, carbonatação suave e final de sensação metálica. Tive a impressão de que a mesma tem uma textura semelhante a de uma pilsen comum adicionada a excessivas quantidades de chocolate.

Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR) por cerca de R$ 5, vale a pena apenas a título de conhecimento, e olhe lá. Eu, como a comprei pela 2a vez para analisa-la, atesto que não anseio por uma terceira vez.

Nota: 2 Skol

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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

BACKER TRIGO


Descrição: essa Hefeweizen brasileira deixa a desejar. Sua espuma tem aparência inicial volumosa e aerada, cor branca e reduzida longevidade. A formação de colarinho é excelente. Seu corpo amarelo-claro é turvo e de grossa densidade. O aroma não foge dos tradicionais banana e cravo (leve presença), além de algum toque de cereais. O sabor inicial é levemente doce e ácido, apresentando moderado dulçor (acima da média do estilo) e leve amargor no final, este de média duração. O paladar é formado de um corpo médio-leve, textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica.

Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida por cerca de R$ 5 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR), é mau negócio. Compensa pagar um pouco mais por garrafas de 600ml de congêneres importadas.

Nota: 8 Skol

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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

WÄLS PILSEN


Antes de iniciar o post de hoje, gostaria de lembrar a todos que hoje Dr-Beer completa 13 meses de vida, com mais de 8 mil posts, e uma média diária que ultrapassa 20 impressões de páginas. Me sinto satisfeito de saber que já tenho leitores cativos e é justamente isso que me motiva a manter o ritmo de posts quase que diário, ainda que as finanças não permitam que todos os dias do ano contenham reviews sobre novas cervejas. Reitero meu apreço a todos pela presença e continuo pedindo a participação de todos com críticas construtivas e também que, sempre que o produto lhes interessem, não se sintam acanhados em clicar na parte comercial do blog. Terminado o apelo, vamos à análise de hoje. Long live the beer!


Descrição: me arrisco a dizer que essa é a melhor Pilsen que já tomei até hoje, o que é um grande orgulho por tratar-se de um rótulo nacional. O que é estranho é que, apesar da mesma possuir muitos elementos do estilo - como concentração de malte e lúpulo - também lembra um estilo que aprecio muito, a Bitter inglesa. Pode ser que eu tenha sido tendencioso em conta disso, mas como especialistas de muito mais gabarito que eu, como o chef Edu Passarelli, também teceram elogios (até mesmo elegendo-a como a "melhor Pilsen brasileira), creio que eu não esteja exagerando tanto assim. Ao despejá-la no copo, ainda não pude perceber todo seu potencial. Sua espuma alva apresentou aparência inicial média e cremosa, com reduzida longevidade. O corpo, de claridade normal, densidade média e um belo tom amarelo-escuro apresentou moderada formação de colarinho. O aroma, bem tradicional, apresentou a esperada presença de pão claro e moderadas lufadas de lúpulo e malte, bem como suaves toques de mel. Nada que prenunciasse a gratíssima surpresa que vinha pela frente... O primeiro contato com a língua foi algo diferente de tudo que eu já havia provado em uma Pilsener: um amargor moderado, complexo, que foi se tornando pesado até o final do gole (relembrando, como dito acima, uma respeitável Bitter), este de média duração. No paladar, um também surpreendente corpo médio, de textura seca, forte carbonatação e final de sensação chalky (lembrando giz). Vale ressaltar o sabor marcante de lúpulo durante toda a experiência. No entanto, pode que os bebedores das tradicionais cervejas comerciais não a achem tão palatável das primeiras vezes, ou seja, é uma cerveja de média drinkability, ao menos para quem ainda não tem um paladar diversificado o suficiente.


Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida por cerca de R$ 6 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR). Excelente negócio. Espero que não titubeiem em lançar o recipiente de 600ml, desde que não haja perda de qualidade.


Nota: 150 Skol


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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

BAMBERG PILSEN


Descrição: essa Pilsen brasileira foge um pouco do conceito de "pão líquido", porém não apresenta nenhum diferencial passível de aplausos. Sua espuma apresentou, espantosamente, aparência inicial pequena, coloração branca e reduzidíssima longevidade. Seu corpo claro e amarelo pálido teve virtualmente nenhuma formação de colarinho. O restrito aroma apresentou notas de mel e a já esperada presença de lúpulo, com leve presença. Seu sabor trouxe leves dulçor e amargor no início (permeados por toques de mel), sensação esta última que se mantém até o final, este de curta duração. O tradicional paladar é formado de corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica e algo inesperado: uma leve adstringência. A drinkability é satisfatória.
Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida por cerca de R$ 5 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR) é mau negócio, já que se encontram produtos de qualidade semelhante a preços muito mais baixos.
Nota: 3 Skol
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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

CHIMAY BLUE


Descrição: infelizmente (ou felizmente, se for considerar o conselho dos críticos de não "colar" informações antes de tomar a cerveja) não havia me informado muito a respeito dessa maravilhosa Belgian Strong Ale belga antes de prová-la, também na Cervejaria da Vila, patrocinada pelo quase nunca mencionado aqui Luiz Fernando Cavalheiro, grão-mestre da Confraria do Status. Choramingos à parte, posso dizer que a mesma foi degustada pouco após a canadense Chambly Noire ter sido aberta, e, devido a tal concomitância de análises, espero não cometer nenhuma injustiça com tão nobre exemplar da cultura cervejeira artesanal. Também despejada em uma taça de vinho (parece que a casa ainda não investiu no set de copos apropriado), apresentou espuma de aparência inicial portentosa e cremosa, coloração marrom-claro e curta longevidade. Seu corpo apresentou tons marrom-claros, densidade média, turbidez e moderada formação de colarinho. No aroma, farejei algumas coisas que não esperava, como a suave presença de café, notas cítricas lembrando lima, bala toffee e frutas vermelhas - a bela complexidade de uma BSA. No campo do sabor, o início foi permeado por leves dulçor e amargor, sensações estas que foram suplantadas por moderado amargor no final, este de curta duração. Percebi ainda um marcante toque de frutas secas no paladar, o que aumentou sobremaneira o charme dessa deliciosa cerveja. No paladar, fui premiado com um corpo médio-cheio, de textura oleosa, forte carbonatação e forte final metálico. Cerveja franca, que proporciona ao bebedor uma ótima experiência.

Custo-benefício: garrafa de 330 ml adquirida por R$ 26 na Cervejaria da Vila, em Curitiba, é um valor salgado, que vale a pena se for levada em conta a paixão por uma boa cerveja e o ambiente agradável em que foi consumida.

Nota: 150 Skol

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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

UNIBROUE CHAMBLY NOIRE


Olá a todos! Como prometido, hoje, 5 de janeiro, Dr-Beer volta à ativa. Antes de começar o post gostaria de, novamente, desejar a todos os leitores um ótimo 2009, recheado de boas surpresas e rótulos de qualidade. Para iniciar bem o ano, resolvi falar sobre o exemplar escolhido para fechar o ano com chave de ouro, na Cervejaria da Vila, em Curitiba, com o grande companheiro e também grão-mestre da Confraria do Status, Luiz Fernando Cavalheiro. A cerveja em questão me foi recomendada por ele, e atende pelo nome de de Chambly Noire. Devo dizer que foi uma grande surpresa e que esta Belgian Ale canadense figura agora entre as minhas preferidas da linha Unibroue. Conjecturas à parte, vamos ao que pude analisar.



Descrição: despejada em uma taça de vinho, apresentou espuma de aparência inicial média e aerada, coloração marrom-claro e boa formação de colarinho. Seu corpo marrom-escuro, de densidade média e translúcido apresentou reduzida longevidade de espuma. No aroma, notas cítricas, leve presença de álcool e também abacaxi. No delicioso aroma, uma explosão de sabores. Apresentou leves dulçor e amargor no início, tornando-se levemente doce no final, este de curta duração. Pude perceber durante todo o gole um maravilhoso gosto de frutas vermelhas (bastante amora), leve toque de chocolate, toques de vinho colonial e, basicamente, um paladar cítrico. Na boca, fui agraciado com um corpo leve-médio, de textura aguada, forte carbonatação e final levemente metálico.



Custo-benefício: garrafa de 750ml adquirida por R$ 38 no bar supracitado. Por tratar-se de uma cerveja diferenciada, vale o desembolso.



Nota: 180 Skol



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