domingo, 30 de novembro de 2008

DEVASSA TROPICAL DARK

Descrição: essa American Dark Lager brasileira é, na minha opinião, a mais limitada da linha Devassa. Sua espuma marrom-escura tem aparência inicial pequena e de reduzida longevidade. Apresenta virtualmente nenhuma formação de colarinho e seu corpo, marrom-escuro, é quase opaco. No aroma fareja-se a presença moderada de malte caramelo, notas suaves de café e ainda frutas secas, como uva-passa. O sabor inicial é levemente amargo, sensação esta que se torna moderada no final, este de curta duração. O paladar é formado de um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica. Nota-se a presença de um gosto bem oxidado e um pequeno azedume durante o gole, ambas características prejudicam sobremaneira a drinkability, que não é das melhores.
Custo-benefício: adquirida por cerca de R$ 3 no Mercadorama, vale a pena apenas a título de conhecimento, não valendo repetecos.
Nota: 7 Skol
Leia mais em

sábado, 29 de novembro de 2008

CIDADE IMPERIAL ESCURA


Descrição: essa Schwarzbier brasileira, apesar de não ser a oitava maravilha do mundo, foi uma grata surpresa se considerada a má impressão que me foi conferida vendo opiniões por aí da mesma. Posta no copo, o que observei foi o contrário. Uma aparência inicial simpática, pequena e cremosa em sua espuma marrom-clara. O colarinho era praticamente nenhum e diminuiu rapidamente. Seu corpo, opaco, apresenta uma coloração marrom bem escuro, semelhante a do café. Seu instigante aroma apresenta presença moderada de malte caramelo, suaves notas de café (lufadas aparecem já no abrir da garrafa) e ainda a presença de frutas secas. O sabor inicial é levemente doce e amargo, sensação esta última que também está presente no final, este de média duração. O paladar é sua área de maior deficiência, onde um corpo médio-leve coexiste com uma textura aguada, carbonatação média-leve e final levemente adstringente. Seu paladar não chega a ser refinado, mas é agradável, sem ser adocicado demais - ou seja, boa drinkability. A presença de leve oxidação prejudica um pouco o paladar, que acaba mostrando a já mencionada adstringência (essa contribuindo negativamente) no final.
Custo-benefício: adquirida por R$ 4,90 é um bom negócio a título de conhecimento, mas não compensa para uma base regular de consumo.
Nota: 10 Skol
Leia mais em

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

WARSTEINER PREMIUM VERUM


Descrição: essa Classic German Pilsener foi uma das primeiras cervejas importadas a que tive acesso. A combinação de bela garrafa, do copo adequado (seu belo e trabalhado flute), do balde para mante-la gelada e do ambiente de status em que a consumi criaram em mim uma imagem sólida de respeito. Com o tempo, novos exemplares do estilo foram sendo provados, e o que era unanimidade passou a ser considerado uma cerveja que dá conta do recado dentro do que se propõe, nada além disso.
Exemplo dessa regularidade é sua pouco apelativa aparência para o estilo, que engloba um visual inicial pequeno em uma espuma alva e reduzida longevidade. Há moderada formação de colarinho em seu corpo amarelo pálido, transparente e de densidade rala. O aroma cai no lugar comum: lúpulo moderado e pão claro. Em termos de sabor, é levemente ácida e amarga no início, com toques salgados; apresenta moderado amargor e mantém a presença de sal em seu final de média duração. Seu corpo é leve, com textura aguada, forte carbonatação e final metálico - o típico paladar do gênero. O forte amargor de lúpulo aliado a sensação salgada prejudica sua refrescância - média drinkability.

Custo-benefício: adquirida por R$ 10 no Superpão, em União da Vitória-PR, é um bom negócio considerando-se a garrafa de 960ml. Mais pela quantidade e menos pela

Nota: 3 Skol

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DOS EQUIS SPECIAL LAGER


Descrição: essa Pale Lager/American Adjunct Lager mexicana é uma versão agradável do tradicional "pão líquido". Sua espuma alva tem aparência inicial pequena e reduzidíssima longevidade. Há uma moderada formação de colarinho (difícil de se ver no estilo) em seu corpo borbulhante, de densidade rala e amarelo-médio. O aroma, tradicional, traz pesada presença de lúpulo e pão claro, bem como peculiares notas distantes de poeira. Leve amargor é a tônica dos sabores inicial e final, este último de curta duração. No paladar percebe-se um corpo leve, de textura aguada, pesada carbonatação e final de sensação levemente adstringente.


Custo-benefício: adquirida por cerca de R$ 3 em grandes redes de supermercados, é uma boa pedida dado que sua qualidade está acima das Pilsen brasileiras tradicionais.


Nota: 3,5 Skol

terça-feira, 25 de novembro de 2008

AMSTERDAM MARINER


Descrição: essa Euro Pale Lager, além da Explorator, é outra boa opção da linha holandesa Amsterdam. Sua espuma, aerada e alva, tem portentosa aparência inicial e duradoura longevidade. Há excelente formação de colarinho em seu corpo amarelo-claro, límpido e de densidade rala. Seu aroma é levemente lupulado, e, obviamente, traz a presença de pão claro. O sabor inicial é levemente amargo, bem como o final, que também é salgado e tem curta duração. No paladar se degusta um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final metálico. Seu agradável gostinho salgado é mais suave que o de sua par da Grölsch, sensação crescente que atenua o final metálico.


Custo-benefício: adquirida por R$ 6 na Confraria da Cerveja, em União da Vitória, é o preço máximo a ser pago por ela em um bar. Encontrada por R$ 3 em supermercados de grandes redes, é um valor muito mais justo.


Nota: 8 skol


Leia mais em

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

EISENBAHN DUNKEL


Descrição: essa Schwarzbier (ou Munich Dunkel Lager, de acordo com o site BA) brasileira é uma ótima opção nacional do estilo, mas confesso que os lotes mais antigos (de um a dois anos atrás) me apraziam mais que o atual analisado. Sua aparência envolve uma espuma marrom-clara de porte médio e curta longevidade. Há boa formação de colarinho emu seu corpo borbulhante, quase preto (contra a luz é marrom-escuro) e quase opaco (nota-se translucidez visualizando-a contra a luz). O agradável aroma é moderada presença de malte caramelo e fortes lufadas de café - notei também um desagradável aroma oxidado. O sabor inicial é levemente doce e moderadamente amargo, sensação esta última que mantém até o final, este de média duração. O paladar forma-se de um corpo médio-leve, textura seca, forte carbonatação e final metálico. Percebe-se durante toda a experiência um amargor oxidado, semelhante ao da Baden Stout, apesar dos estilos diferentes e de ser menos aguada que a citada.

Custo-benefício: exemplar com vencimento para 04/09 adquirida no Armazém da Serra por R$ 3,90, é um bom negócio.

Nota: 80 Skol

domingo, 23 de novembro de 2008

BAMBERG MÜNCHEN


Descrição: essa cerveja brasileira me surpreendeu, trazendo qualidades mais complexas do que eu esperava, até mesmo por não ter tido a oportunidade de haver provado outros exemplares do estilo. Devo dizer que captei algumas semelhanças da mesma com a Eisenbahn 5 anos (apesar de serem estilos diferentes), quem já tiver provado as duas e queira concordar ou discordar, sinta-se a vontade.

No copo, a aparência foi instigante, porém nada assombroso. Sua espuma, marrom-clara, apresentou aparência inicial pequena e aerada, reduzida formação de colarinho e curtíssima longevidade. Seu corpo, translúcido, apresenta coloração marrom acobreado.

O agradável aroma é uma junção de melado, cassis e presença moderada de malte caramelo. Seu delicioso sabor é levemente doce e amargo no início, apresentando moderado amargor no final, este de média duração. No paladar, essa surpreendente cerveja mostra sua principal qualidade. Um corpo médio-cheio, de textura cremosa, carbonatação atenuada e final levemente alcoólico fecha a análise com chave de ouro.


Custo-benefício: adquirida a algo entre R$ 5 e R$ 6, é um ótimo negócio.


Nota: 120 Skol

sábado, 22 de novembro de 2008

NS2

Descrição: essa Fruit/Vegetable Beer brasileira é mais uma tentativa comercial das cervejarias nacionais de "inventar moda" com misturas mirabolantes, essa com tequila e limão. O resultado não é ruim, mas, em minha opinião, desvirtua o conceito de cerveja. Comentários à parte, vamos à análise.
Sua espuma inicial é branca e minúscula, o que acusa virtualmente nenhuma formação de colarinho. A longevidade da mesma é bem curta e seu corpo, amarelo-claro, é borbulhante e convidativo. No aroma, a perceptível presença dos ingredientes anunciados: limão e tequila, bem como algumas notas de álcool e bebidas destiladas, como Vermute. O sabor inicial apresenta moderado dulçor e leve acidez, trazendo a tríade de leve dulçor, acidez e amargor no final. O paladar é composto de corpo leve, textura aguada, carbonatação presente (semelhante a de um refrigerante) e final chalky (com gosto de giz). Percebe-se durante o gole um amargor de limão bem pronunciado, ao contrário da percepção atenuada de tequila. É uma versão mais amarga de um Smirnoff Ice, ou seja, pouco a ver com cerveja.
Custo-benefício: encontrada em quaisquer supermercados por preços que orbitam entre os R$ 2, vale a pena apenas a título de conhecimento, não se encaixando no perfil dos admiradores de uma cerveja tradicional.
Nota: 2 Skol

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

WERNESGRÜNER PILS


Descrição: essa Classic German Pilsener é uma agradável representante do estilo. Sua espuma, alva, apresenta aparência inicial grande e rochosa. Há excelente formação de colarinho em seu corpo amarelo e borbulhante. Seu aroma é moderadamente lupulado, com toques de manteiga e mel. O sabor inicial é levemente amargo, sensação esta que se torna moderada no final, de média duração - nota-se ainda um gosto amanteigado, quase oleoso. O paladar é formado por um corpo leve, de textura aguada, média-alta carbonatação (abaixo do esperada) e final metálico.


Custo-benefício: adquirida por cerca de R$ 6 no Armazém da Serra, no Mercado Municipal de Curitiba. Vale cerca de 2/3 do valor.


Nota: 8 Skol


Leia mais em


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

VALBIER


Descrição: essa Red Ale chilena artesanal é uma das piores cervejas que já provei. Faça-se uma ressalva que a mesma já estava vencida há dez meses quando a consumi, no entanto, já tinha ouvido falar mal da mesma. Seu único "trunfo", eu diria, é sua aparência, que não chega a ser maravilhosa, mas consegue disfarçar bem a espiral decrescente que vem na sequência.

Sua espuma, marrom-clara, tem portentosa aparência inicial e reduzida longevidade. Há excelente formação de colarinho em seu corpo praticamente opaco e de coloração âmbar, convidativo. Ao se analisar o aroma, infelizmente, a situação já começa a degringolar. Nota-se um cheiro azedo, bem semelhante a notas cítricas de limão. Cito ainda a impressão de meu amigo Luiz Fernando Cavalheiro, grão-mestre da Confraria do Status, segundo o qual a Valbier se parece com Ice Tea com limão, impressão que, além do aroma se alastra ao paladar. Seu sabor inicial é acético, também lembrando vinagre no final (este felizmente de curta duração), acrescido ainda de crescente amargor. O paladar é castigado por um corpo leve, aguado, de carbonatação suave e final levemente adstringente.

Custo-benefício: me foi presenteada pelo proprietário do Armazém da Serra, no Mercado Municipal de Curitiba. Nem assim, apesar de cavalo dado não se olhar os dentes, valeu a pena. Quem souber uma estimativa de preço da mesma, favor comentar no post.

Nota: 0,8 Skol

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

CARACU


Descrição: essa Foreign/Export Stout (de acordo com o site Beer Advocate) brasileira tem seus méritos. Sua espuma, marrom-clara, tem aparência inicial pequena, sendo considerada virtualmente nenhuma. A formação de colarinho também é virtualmente nenhuma e a longevidade do mesmo é reduzidíssima. Seu corpo, preto, é opaco. O agradável e tradicional aroma do estilo apresenta presença moderada de malte tostado bem como fortes lufadas de café. Seu sabor inicial é levemente doce e amargo e o final, de média duração, apresenta leve dulçor e moderado amargor. O paladar é formado de um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final metálico. Além do retrogosto adocicado (como se tivesse sido adicionado açúcar), outra falta (por não combinar com o estilo) é sua textura aguada e sua carbonatação acentuada por demais (também considerando o gênero).


Custo-benefício: encontrada a preços camaradas em quaisquer pontos-de-venda nacionais (algo entre R$ 1,50 e R$2), vale a pena, não chegando a ser considerada uma boa cerveja.


Nota: 6 skol

terça-feira, 18 de novembro de 2008

AMSTERDAM EXPLORATOR


Descrição: essa cerveja holandesa foi a que mais me agradou na linha Amsterdam. Sua espuma tem aparência inicial média, cor alva, boa formação de colarinho e reduzida longevidade. Seu corpo é borbulhante, com médias partículas e tonalidade amarelo-escuro. Seu gostoso aroma apresenta notas de cookie, laranja e canela. Seu sabor inicial traz moderado dulçor e leve acidez, tornando-se levemente amargo no final, este de média duração. O paladar é composto de um corpo médio-leve, textura seca, forte carbonatação e final metálico. Seu amargor é semelhante ao encontrado em bons espumantes, com a presença do álcool não sendo disfarçada, pelo contrário.


Custo-benefício: adquirida por R$ 2,90 no Mercadorama, é um ótimo negócio.


Nota: 20 Skol

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

BAMBERG RAUCHBIER


Descrição: foi com grande estardalhaço (divulgação até na Folha de S. Paulo) que essa cerveja chegou a meu conhecimento, fato este pelo qual vim a degusta-la já com grandes expectativas. Infelizmente, minhas esperanças não foram bem recompensadas. Não cheguei a me decepcionar, tampouco a me empolgar, como esperava. A seguir o porquê de meu veredito. O exemplar apresenta espuma inicial de aparência pequena, praticamente nenhuma formação de colarinho, cor marrom-claro e reduzida longevidade. Seu corpo, marrom-escuro, é quase opaco, e apresenta visual semelhante ao de uma Pepsi. Seu aroma, tradicional, apresenta notas moderadas de malte tostado, bem como fumaça e fortes lufadas de linguiça defumada. O sabor é salgado no início e no final, que também é moderadamente amargo e apresenta curta duração. No paladar coexistem um corpo médio-leve, de textura aguada, média-alta carbonatação e final metálico. Sua principal falta é ser um tanto quanto aguada se comparada à suas pares da Eisenbahn e Schlenkerla. No entanto, me pareceu mais refrescante que as mesmas.

Custo-benefício: adquirida por R$ 6,30 no Armazém da Serra, vale a pena a título de experiência, não compensando repeteco.

Nota: 20 Skol

domingo, 16 de novembro de 2008

BAUHAUS


Descrição: essa Pale Lager brasileira está um pouco acima da média de suas compatriotas do gênero. Sua espuma tem aparência inicial pequena, cor alva e reduzida longevidade. Há boa formação de colarinho em seu corpo borbulhante, tonalidade amarelo-escuro e partículas de tamanho médio. No aroma, o esperado: pão claro e moderada presença de lúpulo. O sabor inicial é levemente doce e amargo, bem como seu final, de média duração. No paladar, um corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e final metálico. É bem pronunciada, marcante, e como dito antes, muito carbonatada. Harmoniza bem com um belo hamburguer, à americana.


Custo-benefício: adquirida por R$ 3 no Armazém da Serra no Mercado Municipal de Curitiba, vale a pena por estar acima da mediana nacional.


Nota: 7 Skol

sábado, 15 de novembro de 2008

AMSTERDAM NAVIGATOR




Descrição: essa Euro Strong Lager holandesa apresenta espuma com aparência inicial média, coloração branca e boa formação de colarinho, com boa longevidade. Seu corpo tem boa claridade e apresenta tonalidade amarelo-escuro, quase dourado, e com luzes avermelhadas. O aroma é bem adocicado, notando-se a presença de um olfato cítrico, puxando para a laranja. O sabor inicial é moderadamente doce e levemente amargo, apresentando moderado amargor no final, este de longa duração. Seu corpo é leve, aguado e de alta carbonatação, com final fortemente alcoólico, qualidade esta última que se nota durante todo o gole, mascarando outros sabores. Apesar disso, há relativamente bom balanço dulçor/álcool. O gole é permeado por forte aquecimento alcoólico.


Custo-benefício: adquirida por R$ 2,90 no Mercadorama, compensa o preço pago, mas em termos de qualidade, não vale a pena repetecos muito freqüentes.


Nota: 12 Skol



Leia mais em

domingo, 9 de novembro de 2008

COMO PROVAR CERVEJA


Ao analisar uma cerveja, você não pode apenas engoli-la vorazmente, arrotar e dizer “que delícia” ou então “que porcaria”. E, embora degustar seja uma arte individual, existem alguns passos, que, se seguidos, irão levar sua degustação de cerveja a um nível mais proveitoso.

1)Observe
Pare e contemple sua grande antes de ingeri-la. Levante a cerveja à sua frente, mas não a segure em frente a uma fonte direta de luz, pois isso irá diluir sua cor verdadeira. Descreva sua cor, sua espuma e sua consistência.
2)Agite
Rodopie a cerveja gentilmente no copo. Isso irá desprender aromas e ligeiras nuances, bem como soltar a estimular carbonatação e testar a retenção de espuma.
3)Cheire
90% a 95% do que você experiência é sentido através do olfato. Respire através do nariz com duas rápidas inspiradas e depois com sua boca aberta, depois apenas através da boca (nariz e boca estão conectados na experiência). Deixe seu olfato guiá-lo. Agite a cerveja novamente caso necessário, e certifique-se que você está em um lugar onde não hajam aromas mais fortes que possam atrapalhar o processo de farejar.
4)Saboreie
Agora tome um gole da cerveja. Controle-se para não engoli-la imediatamente. Deixe-a circular e explore seu paladar por completo. Deixe suas papilas gustativas falarem. Perceba o paladar, a consistência do corpo do líquido, e respire fora do copo durante o processo de saborear. O processo de exalar é chamado de ‘retro-olfação’ e irá liberam estímulos retidos na mucosa e no nível do paladar, mas em temperaturas mais altas. Às vezes isso será o mesmo que o processo olfatório, se não for diferente e complementar. Tente detectar qualquer dulçor, sabores salgados, ácidos e amargor geral. Explique o que eles são ou similares a que eles são.

Ainda, tente saborear a cerveja depois que ela tenha esquentado um pouco (não muito, no entanto). Cerveja gelada demais tende a mascarar alguns dos sabores. A medida que uma cerveja esquenta, seus reais sabores irão emergir e tornar-se mais pronunciados.

sábado, 8 de novembro de 2008

COMO COLOCAR A CERVEJA NO COPO


Passos para um pint perfeito:

 - Use um copo limpo. Um copo sujo, contendo óleos, sujeira ou resíduo de outra cerveja pode inibir a formação de espuma e sabores

- Segure o copo em um ângulo de 45º. Despeje a cerveja, mirando o meio da inclinação do copo. Não tenha medo de virar a cerveja com vontade ou de deixar algum ar entre a garrafa e o copo

- Na metade do caminho traga o copo a um ângulo de 90º e continue a despejar a cerveja no meio do copo. Isso irá induzir a formação de uma espuma perfeita. E lembre-se, a espuma na cerveja é uma boa coisa, pois libera seus aromas e incrementa a apresentação geral. Adicionar gradualmente alguma distância entre o copo e a garrafa enquanto a cerveja é despejada também ajuda a formar uma boa espuma. A espuma ideal deve ter entre 2,5 a 4 cm

 

Assista a um vídeo do procedimento relatado acima em

ttp://beeradvocate.com/beer/101/pour  

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

COMO ARMAZENAR CERVEJA




Visitem meu canal do YouTube em

https://www.youtube.com/channel/UCSnlDgGBkeCnhbDbLLkCjew, no qual podem ser vistos vídeos feitos durante a minha viagem ao Camboja. Entre eles, alguns que filmei em um evento de cerveja artesanal que fui há algumas semanas, da microcervejaria Cerevisia. Prestigiem! Peço também que curtam os vídeos e cliquem nos anúncios sempre que possível (não custa nada, é só fechar depois)!

Long live the beer!

O vinho não é a única bebida que pode ser envelhecida para maturação. Muitas cervejas se beneficiam de um envelhecimento estendido. Não estamos falando de uma cerveja média com uma vida média de 3 a 6 meses na prateleira – antes que a qualidade comece a despencar. Estamos falando de cervejas que imploram por maturação e armazenamento estrito como Vintage Beers (cervejas de safra), Barley Wines, Imperial Stouts, Belgian Strong Ales, Lambics, Old Ales e por aí vai. Idealmente, qualquer tipo de cerveja que possa ser guardado por um ou dois anos, ou ainda mais, de modo a construir um panteão de complexidades e mais além suas características, de uma forma positiva.
Se você está interessado em começar seu porão particular de cerveja, saiba que é realmente fácil. Primeiramente, você irá precisar manter paciência suficiente e força de vontade para não bebe-las muito cedo. Isso, acima de qualquer outra coisa, é o inimigo público número um de suas tentativas. Não há nada pior que pensar naquela cerveja especial, esperando, convidando você a bebe-la.
A seguir, você precisará comprar pelo menos duas unidades de cada cerveja. Uma delas você irá querer beber imediatamente para que possa compara-la com o outro exemplar envelhecido – tomando algumas notas caso queira. A outra cerveja deve ser armazenada por pelo menos um ano.
Atualmente vem sendo debatido o que é melhor: guardar a cerveja em pé ou deita-la como se fosse um vinho, especificamente em relação à garrafas com rolha. Alguns ‘experts’ acreditam no que prega a velha escola do vinho, que uma cerveja com rolha deve ser mantida de lado para evitar que a rolha seque, enquanto outros acreditam que isso não tem importância em absoluto. Em nossa opinião, todas as cervejas devem ser armazenadas em pé. A seguir listo os motivos pelos quais isso deve ser feito, juntamente com outros fatos interessantes sobre armazenamento e rolhas:
- as células da rolha são impregnadas com um material presente na cera, chamado de suberina, que é quase impermeável à água ou gases. A rolha também bóia devido a presença de ar comprimido nas cavidades das células mortas à prova de água. Quando cortadas essas células agem como áreas de sucção e tornam-se adesivas, sendo assim uma ‘barragem’ ideal para a garrafa.
- uma rolha natural por vezes tende a secar, embora seja difícil surgirem quaisquer problemas – mesmo com cervejas envelhecidas mais de 10 anos em pé. As rolhas modernas de hoje, feitas de material plástico e sintético apresentam chance muito menor de encolher, ao ponto de não valer a pena se preocupar.
- o interior de uma garrafa já contém seu próprio nível de umidade e como resultado não irá secar a porção da rolha dentro da garrafa se for armazenada corretamente. Então, a idéia de deitar uma cerveja para certificar-se que o líquido toque a rolha para prevenir a secagem é um ponto desnecessário – como a rolha é ‘quase impermeável à água’, ela não irá comportar-se como se fosse uma esponja. É a rolha exposta ao ar livre que deve ser motivo de preocupação, embora uma ampla quantidade de umidade seja o necessário para impedir que qualquer rolha exposta seque durante um armazenamento de longo prazo.
- Problemas na rolha usualmente são sinal de uma rolha ruim cujo prazo de validade já está ultrapassado e não necessariamente um sinal de mau armazenamento. Rolhas aglomeradas duram de 1 a 3 anos antes de começarem a se deteriorar. Rolhas de plástico eventualmente perdem sua elasticidade.
- um longo período de armazenamento sobre um lado pode criar um anel de levedo (ou marca d’água) dentro da garrafa, que não irá sedimentar. Armazenar uma cerveja em pé irá garantir que o levedo se compacte no fundo da garrafa.
- o método do armazenamento em pé diminui a parcela de cerveja exposta e portanto diminui a velocidade de oxidação da cerveja.
- outra boa razão para não armazenar uma cerveja de lado é que uma exposição muito longa da rolha pode conferir sabor de rolha à cerveja. O álcool presente na cerveja retira o caráter embolorado da rolha e de fato pode estragar a cerveja. Isso não adiciona nenhuma complexidade planejada à cerveja. Rolhas naturais também podem abrigar certas bactérias e fungos que criam um sabor secundário a partir de um composto chamado 2,4,6 Tricloroanisole ou simplesmente TCA, que traz um sabor sem graça ao paladar.
- muitas cervejas de safra (vintage beers) são mantidas nas prateleiras por um bom tempo antes de serem vendidas.
Recomenda-se que a cerveja seja armazenada em uma área fresca, longe de luz direta, fontes de calor e em um ambiente de temperatura constante. Falando nisso, a temperatura é um fator principal no armazenamento e servimento de uma cerveja. Isso pode também se tornar um real ato de balanceamento. A cerveja se beneficia de temperaturas frias e constantes, usualmente entre 50 e 55 graus Fahrenheit é o ideal para a maioria das cervejas e maior parte dos colecionadores de cerveja. Temperaturas mais altas irão arriscar um encurtamento da vida útil da cerveja e as mais baixas irão induzir a formação de uma névoa fresca. Uma regra geral diz que quanto mais alto o teor alcoólico, mais alta deve ser a temperatura e vice-versa.
Um aviso final: se sua cerveja tiver sido armazenada em um porão muito frio, então a sirva imediatamente ou você terá menos carbonatação, menos aroma e menos sabor. Você também irá arriscar prejudicar seu paladar. Use a regra temperatura de armazenamento = temperatura de servir e você se sairá bem.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

COMO ANALISAR UMA CERVEJA

Um dia qualquer você pode se ver degustando uma cerveja, quando de repente pode lhe ocorrer uma opinião a respeito da mesma, além do mero prazer de estar bebendo-a. A partir desse ponto, você pode decidir discutir sobre ela com outros bebedores ou então tomar algumas notas. Mas antes que o faça: pare, pense e beba! Embora o conceito ‘sabor’ seja muito subjetivo, há algumas formas de organizar seus pensamentos e manter-se o mais objetivo possível. As dicas a seguir irão ajudá-lo a avaliar uma cerveja respeito o que a cervejaria estava tentando atingir.

 

Respeite o cervejeiro

Atrás de cada cerveja está uma pessoa com sentimentos e orgulho. A cerveja pode ser sua paixão, seu ganha pão ou ainda toda sua vida. Mesmo que você não tenha apreciado uma cerveja, no mínimo tenha um certo respeito e seja construtivo com suas críticas.

 

Forme sua própria opinião

É importante não ser influenciado por outros ao analisar uma cerveja. Cada qual terá uma experiência diferente, então certifique-se que suas opiniões são autênticas. Não se deixe ser guiado por outrem antes que você mesmo analise a cerveja – isso inclui ler reviews online da cerveja que você está prestes a analisar.

Leve em conta o estilo

Digamos que você não goste de cervejas leves. São sugeridas duas coisas: 1) não as analise se você já sabe que não irá gostar – sua opinião será tendenciosa. 2) Analise de mente aberta e pelo o quê a cerveja está tentando ser, não pelo que você acha que a cerveja deve ser ou então compará-la com alguma maravilhosa cerveja que você tenha provado em outra ocasião. É também importante perceber que alguma característica que você possa não gostar em uma cerveja possa ser inerente a um estilo, portanto não podendo ser tida como falta. Exemplo: notas amanteigadas (provenientes de diacetil) em uma Scotch Ale ou em uma ESB, o azedume avinagrado em uma Lambic ou a intensa defumagem presente nas Rauchbier.

Sentidos

Sabor e aroma estão intimamente conectados, então certifique-se que seus sentidos estão em ordem. Evite fazer qualquer review caso esteja resfriado, tenha queimado sua língua com café pela manhã, tenha acabado de comer um prato de comida apimentada, provado muitas cervejas nesse mesmo dia, esteja exausto ou simplesmente de mau humor. Seja flexível e prove a mesma cerveja mais de uma vez.

Fumar

Falando de sentidos, nunca analise uma cerveja em um ambiente esfumaçado ou enquanto está fumando. O ato de fumar inibe olfato e paladar sobremaneira, e praticá-lo (direta ou indiretamente) pode prejudicar seus sentidos – em algumas ocasiões, de forma permanente.


O que procurar

Existem cinco categorias a serem avaliadas na cerveja a ser analisada:

 

Aparência: perceba cor, carbonatação, espuma (e sua retenção) da cerveja. Ela é clara ou turva? Ela parece pouco convidativa ou apetitosa?

Aroma: Traga a cerveja até seu nariz. Perceba as qualidades aromáticas da cerveja. Maltes: doce, tostado, defumado, assado, achocolatado, caramelizado, lembrando nozes ou biscoitos? Lúpulos:  úmido/resinado, herbal, perfumado, cítrico, condimentado, floral, lembrando folhas, grama ou pinheiro? O levedo também irá produzir aromas. Podem ser frutados ou florais (ésteres) nas Ales e bem limpos nas Lagers, que irão permitir o desprendimento de sutilezas de malte e lúpulo.

Sabor: tome um generoso gole da cerveja. Perceba quaisquer sabores ou interpretações de sabores, que você possa descobrir. As descrições serão similares ao que você farejou. A cerveja é bem construída? Há um balanço entre os ingredientes? A cerveja foi produzida com uma dominância específica de caráter em mente: Como ela encaixa no estilo?

Paladar: tome outro gole e deixe-o circular pela boca. Perceba como a cerveja se comporta no paladar e também seu corpo. Leve, encorpada, pegajosa, rala/aguada, suave ou ríspida? A cerveja era ‘choca’ ou carbonatada demais?

Drinkability (bebebilidade): a facilidade geral em consumir a cerveja e sua impressão geral da mesma. Você a tomaria outra vez?

Temperatura: Muitos tomam sua cerveja trincando de gelada (que o digam os brasileiros). Temperaturas baixas irão confundir as papilas gustativas e literalmente mascarar os verdadeiros sabores, aromas e nuances da cerveja. Use maltes coloridos e teor alcoólico para determinar as melhores temperaturas.  Tente algo entre 40-50 graus Fahrenheit para cervejas mais claras ou com menor teor alcoólico ou 50-60 Fº para cervejas mais escuras ou de maior teor alcoólico.

 

Copos (limpos)

De suma importância. Em vez de listar os ‘comos’ e os ‘porquês’, cheque a seção de copos nesse beerlog. Se você estiver em casa, procure fazer um estoque dos exemplares mais básicos, ou então faça o melhor que puder.

Ordem

Muitos sugerem que as cervejas devem ser degustadas no velho método heurístico, da mais clara para a mais escura. Apesar de geralmente funcionar, hoje em dia esse método é considerado falho. Claro, os sabores do malte irão intensificar-se com temperaturas crescentes, mas geralmente a cor não tem nada a ver com o processo de provar uma cerveja. A cor pode ser um indicativo do que você pode estar a procura, mas na maior parte das vezes e com grande parte dos bebedores, é psicológica. Você pode querer levar duas coisas em consideração: teor alcoólico e níveis de lúpulo. Mantenha suas cervejas lupuladas e de alto teor alcoólico para o final para que você não arruíne seu paladar prematuramente. Exceções a regra englobam certos ingredientes especiais que possuem características distintas, como maltes defumados nas Rauchbier, cervejas de fruta intensas ou bactérias e levedo selvagem usados nas Lambic – todas as quais podem ter coloração clara, daí o ‘furo’ nesse sistema. Você irá querer guardá-las para o final.

Não analise se estiver ‘intoxicado’

Você deve sempre apresentar moderação quando estiver bebendo e nunca analisar uma cerveja se estiver intoxicado. Seu julgamento será prejudicado, bem como seus sentidos.

Limpe o paladar

É altamente recomendável beber água ou comer pão puro, bolacha de água e sal ou até mesmo pipoca para limpar o paladar entre uma cerveja e outra para ajudar a manter os sentidos intactos – você quer limpar o paladar e não destruí-lo.

 

terça-feira, 4 de novembro de 2008

QUEIJOS AZUIS


Fazem parte dessa categoria os tipos Roquefort, Stilton e Gorgonzola, cujas características englobam sabores complexos, picantes e salgados, maciez e quebram facilmente, além de serem gordurosos. Apresentam veios azulados no interior. Tais variedades harmonizam bem com cervejas dos estilos Belgian Ale, Pale Ale, Belgian Strong Ale, Bière Brut e Weizenbock. Ilustra a imagem de hoje o queijo Roquefort, que pode ser encontrado a partir de R$ 40/kg.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

QUEIJOS DUROS


Fazem parte dessa categoria os queijos dos tipos Grana Padano, Parmesão, Cheddar (tradicional) e Pecorino, cujas características abrangem longo período de maturação, baixo teor de umidade, e, após o tempo, ficam intensos, frutados, com textura mais seca e granulados, com a cristalização do sal. Combinam com cervejas dos estilos Pilsen, Belgian Strong Ale, Schwarzbier, Weizenbock, Pale Ale, Belgian Ale e Bière Brut. Ilustra a foto de hoje o Grana Padano, queijo de característica bem salgada, com cristais de sal.

sábado, 1 de novembro de 2008

QUEIJOS SEMIDUROS


Fazem parte dessa categoria os queijos dos tipos Gruyère, Emmental, Apenzeller, Asiago, Gouda, Raclette e Maasdam, cujas características englobam período médio de maturação, menor teor de umidade, textura tenra, sabor suave e adocicado. Os membros dessa categoria harmonizam bem com cervejas dos estilos Pilsen, Pale Ale, Strong Belgian Ale e Bière Brut. Ilustra a imagem de hoje o queijo Maasdam.