segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

BAMBERG WEIZEN


Antes de iniciar o post gostaria de desejar a todos os leitores desse beerlog e zitófilos em geral um próspero 2009, repleto de rótulos de qualidade a todos. Como sempre, reitero meu agradecimento pelas inúmeras impressões de páginas que venho recebendo (cliques nem tanto, mas chegamos lá... hehehe) e continuo pleiteando a participação construtiva de todos nos textos que publico. Nem sempre acertamos, mas o importante é a intenção. Bem, dito isso, falta apenas avisar que o próximo post será apenas em 05/01, quando volto de viagem, esperando trazer novidades. Long live the beer!


Descrição: essa German Hefeweizen brasileira não tem nada de mais. Sua espuma tem aparência inicial volumosa e cremosa, coloração esbranquiçada e reduzida longevidade. Seu corpo ralo, turvo e borbulhante apresenta boa formação de colarinho e coloração dourada. No aroma, os tradicionais toques de banana e cravo. O sabor inicial apresenta a tríade leve dulçor-acidez-amargor, tornando-se levemente amarga e ácida no final, este de média duração. Do meio para o final do gole, o sabor começa a desenvolver certo azedume acético, lembrando vinagre, sensação essa desagradável, prejudicando a drinkability da cerveja. O paladar é composto de um corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e moderada adstringência. Parece ter faltado "bagagem" a essa que foi a Bamberg de pior desempenho dentre as que já provei até agora.


Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida por R$ 6,30 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR). Com todo respeito a essa cervejaria, que produziu dois rótulos que apreciei muito, esse foi um péssimo negócio, não chega a valer 1/3 do valor e apenas a título de conhecimento.

Nota: 2,5 Skol

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domingo, 28 de dezembro de 2008

ITAIPAVA PILSEN


Descrição: essa Pale Lager brasileira não se encaixa completamente, em minha opinião, na clássica categoria "pão líquido". Isso por apresentar algumas "falhas" que a desqualificam para tanto. Sua espuma tem aparência inicial média e borbulhante, cor branca e reduzida longevidade. Seu corpo borbulhante, ralo e amarelo-pálido apresenta boa formação de colarinho. O aroma apresenta as tradicionais presenças de pão claro, leves lúpulo e cevada - alguns indícios da categoria supracitada. No sabor, porém, é que se encontram os "defeitos" mencionados. Além de leve amargor tanto no início quanto no final (de curta duração), percebe-se durante parte do gole um ligeiro azedume de toques acéticos, não característico do estilo e deveras desagradável. No paladar os também tradicionais corpo leve, textura aguada, forte carbonatação e final com sensação levemente adstringente (apenas essa última fugindo das diretrizes do estilo).



Custo-benefício: lata de 350ml adquirida em qualquer supermercado por cerca de R$ 1, sua qualidade não compensa reincidências frequentes.



Nota: 2 Skol

sábado, 27 de dezembro de 2008

BOHEMIA PILSEN


Descrição: essa é, em minha opinião, a melhor Pale Lager disponível na linha nacional da Ambev e também de outras cervejarias comerciais brasileiras. É bem verdade que a mesma apresenta oscilações de qualidade entre o líquido que vem dentro da lata e o que vem dentro da garrafa, além de variações de lote para lote. A lata que analisei, no entanto, estava com qualidade impecável. Vejamos:

Sua espuma apresentou aparência inicial de tamanho médio e textura borbulhante, coloração branca e reduzida longevidade. Seu corpo borbulhante, ralo e amarelo-pálido apresentou boa formação de colarinho. O aroma apresentou toques frutados, florais e levíssimos e perfumados toques de vinho branco, bem como suaves toques de lúpulo, também. O delicioso sabor trouxe leves dulçor e amargor à língua, tanto no início quanto no final (este de curta duração) do gole. No paladar, um corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica. Seu gosto suave, agradável e refrescante a faz uma cerveja de ótima drinkability.


Custo-benefício: lata de 350ml adquirida em qualquer supermercado a valores entre R$ 1,50 e R$ 2, é um ótimo negócio.


Nota: 12 Skol


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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

DAB ORIGINAL


Descrição: se não me falha a memória, essa cerveja alemã é a primeira do estilo Dortmunder/Helles que já provei. Como é sabido pelos que têm um pouco mais de conhecimento, sua premissa é ser uma Pale Lager ligeiramente mais forte e com malte acentuado (com características de cookies e/ou pão nos exemplos mais tradicionais). Esse exemplar corresponde à risca com essas especificações. Sua espuma, alva, tem aparência inicial média e irregular e reduzida longevidade. Seu corpo amarelo-claro apresenta boa claridade e boa formação de colarinho, além de densidade rala. O aroma apresenta toques de pão claro, malte tostado e moderada presença de lúpulo. O sabor, permeado por toques de mel durante todo o gole, é levemente doce e amargo no início, mantendo as mesmas características no final, este de longa duração. O paladar também não apresenta maiores surpresas: corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e final com gosto de giz.


Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR) por cerca de R$ 7, não é bom negócio, valendo a pena somente a título de conhecimento. Metade do valor estaria muitíssimo bem pago.


Nota: 10 Skol


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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

SAINT NICHOLAS BLOND ALE


Descrição: essa Blond/Golden Ale da cervejaria brasileira Bamberg nasceu com o propósito de "ajudar" a festar o Natal, em uma edição comemorativa. Devo dizer que não esperava muito, mas os últimos exemplares desse estilo têm sobremaneira agradado meu paladar. Sua aparência, ao despeja-la em meu pint, demonstrou-se com uma espuma pequena e irregular, de cor alva e reduzida longevidade. Seu corpo borbulhante e turvo apresentou moderada formação de colarinho, bem como partículas de tamanho pequeno e corpo belamente dourado. No aroma, consegui detectar apenas notas de vinho branco e álcool. O sabor inicial trouxe leves amargor e acidez, tornando-se levemente doce e amargo no final, este de longa duração. No paladar, sorvi um corpo médio-leve, de textura seca, forte carbonatação e final com gosto de giz. É uma cerveja saborosa e frutada, mais vantajosa que outras edições comemorativas nacionais, como a da Baden Baden.


Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida por cerca de R$ 9 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR) não é tão bom negócio dado o comparativo com a Schmitt Sparkling Ale, que oferece 750ml por R$ 15 e qualidade superior. Considerando-se a proporção, R$ 5 estariam muito bem pagos.


Nota: 130 Skol

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

KÖNIG PILSENER


Descrição: essa Classic German Pilsener é exatamente o que poderia se esperar do estilo. Não surpreende, mas também não decepciona. Sua espuma, alva, tem aparência inicial média e reduzida longevidade. Seu corpo amarelo-claro e borbulhante, de médias partículas e densidade rala demonstra também boa formação de colarinho. Seu aroma traz notas de pão claro, presença moderada de lúpulo e toques de mel. Na boca, um sabor inicial levemente doce e amargo (com nuances de mel), sensação esta última que permanece até o final (em um ligeiro crescente), cuja duração é curta. O paladar é saudado com um corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica.


Custo-benefício: garrafa de 500ml adquirida no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR) por R$ 7,50; R$ 5 seria um valor mais justo dado que não apresenta nenhum diferencial que justifique um valor acima da média.


Nota: 4 Skol


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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

WÄLS DUBBEL


Descrição: sempre tive as melhores referências possíveis dessa Dubbel brasileira. Até pouco tempo, salivava só de olhar sua belíssima garrafa de 750ml, imaginando qual seria o sabor de tal iguaria. No último fim de semana deparei-me com uma opção mais econômica, a garrafa de 350ml e decidi que era essa a hora de dar meu veredito. Despejada no copo, supriu as expectativas com louvor. A aparência inicial de sua espuma é portentosa e cremosa, com tonalidade marrom-claro e reduzida longevidade. Há excelente formação de colarinho em seu corpo borbulhante, denso e de tonalidade cobre-escuro. O aroma, instigante, trouxe notas de maçã, vinho branco e nariz cítrico. Foi no sabor, no entanto, que a maionese desandou. Um dia antes de bebê-la, estive conversando com o proprietário do Bar Carocha, em Curitiba. O mesmo me disse que havia adquirido uma garrafa do mesmo tamanho e do mesmo lote que a minha e ambos concordamos no mesmo aspecto: seu gosto estava horrivelmente azedo! Uma péssima surpresa. No início um leve amargor permeado por desagradável azedume acético, que permaneceu até o final (de média duração) aliado a leve acidez. No paladar um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e moderada adstringência no final. Infelizmente o azedume acético acima relatado prejudica todo o desempenho da cerveja, mesmo levando em conta a diminuição desta sensação após deixa-la repousando no copo por alguns minutos.



Custo-benefício: garrafa de 350 ml adquirida por cerca de R$ 8 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR), o lote com vencimento para 11/09 é um péssimo negócio. Sua aparência é belíssima, mas ninguém compra uma cerveja só para olhar.



Nota: 6 Skol



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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

TSINGTAO


Descrição: essa honesta Premium Lager chinesa apresenta espuma de aparência inicial média, cor branca e reduzida longevidade. Há boa formação de colarinho em seu corpo borbulhante, de densidade rala e tonalidade amarelo-claro. O aroma traz notas de pão branco e lúpulo moderado. Leve amargor é o que permeia tanto o sabor inicial quanto o final (sendo este de curta duração). No paladar se percebe um corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica. Apesar de não apresentar diferenciais, tampouco peca em qualquer quesito, apresentando boa drinkability. Boa opção de refrescância.


Nota: 3 Skol


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domingo, 21 de dezembro de 2008

SCHLOSS EGGENBERG URBOCK 23º


Descrição: essa Doppelbock austríaca é intitulada por seus produtores como sendo "o conhaque das cervejas". Exageros à parte, realmente trata-se de uma saborosa cerveja, seguindo quase à risca os ditames do estilo (sua coloração deveria ser mais escura). Sua espuma apresenta aparência inicial pequena, coloração branca e reduzidíssima longevidade. Observa-se virtualmente nenhuma formação de colarinho em seu corpo borbulhante, de rala densidade e coloração dourada. O delicioso aroma apresenta notas de maçã e cereja marrasquino em calda - farejei também a presença de brandy. O sabor inicial apresenta moderaço dulçor e leve amargor, sensação esta última que evolui para uma percepção moderada no final, este de média duração. Percebe-se, até mesmo devido aos seus 9,6% de teor alcoólico, um notável aquecimento alcoólico. Seu balanço dulçor/amargor é semelhante ao de sua congênere Paulaner Salvator. No paladar sorvi um corpo médio-leve, de textura seca, forte carbonatação e final de sensação levemente adstringente e também lembrando giz.


Custo-benefício: garrafa de 350 ml adquirida por R$ 14,50 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR). Valor alto demais; R$ 12 estariam muito bem pagos.


Nota: 195 Skol


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sábado, 20 de dezembro de 2008

SCHLOSS EGGENBERG McQUEENS NESSIE


Descrição: essa Scotch Ale austríaca é o que chamo de uma session beer honesta. Com espuma de aparência inicial média, coloração esbranquiçada e reduzida longevidade, apresenta boa formação de colarinho em seu corpo claro, de coloração cobre. Seu aroma apresenta moderada presença de malte (de whisky, inclusive), além de notas de melado e mel. Apresenta sabor inicial levemente doce e ácido, com leves dulçor e amargor no final, este de curta duração - notei ainda toques de mel, permeados por leve oxidação. O paladar é formado por corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica.

Custo-benefício: garrafa de 350ml encontrada por cerca de R$ 11 em lojas virtuais especializadas, vale menos que isso. Uns 70% do valor estaria muito bem pago.

Nota: 105 Skol

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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

EDELWEISS WEISSBIER SNOWFRESH


Descrição: essa Hefeweizen (Ba) ou Spice/Herb/Vegetable (RB) certamente está entre as mais diferenciadas cervejas de trigo que já provei. Não por sua aparência, que apresenta espuma de tamanho médio e coloração branca. Nem por sua boa formação de colarinho e reduzida longevidade. Também não está acima da média seu corpo borbulhante e turvo, de tonalidade amarelo-claro. Em seu aroma, a presença de algo diferente. Além dos tradicionais banana e cravo (bem mais acentuados que na média), farejam-se também notas de goma de mascar e um leve aroma de coco, que incitam sobremaneira o paladar. Seu delicioso sabor é moderadamente doce e levemente ácido no início (contando com a presença da goma de mascar farejada na etapa anterior), apresentando leve acidez e amargor no final, este de média duração. No paladar me deparei com um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação levemente metálica. Apresenta também um gosto condimentado (provavelmente das ervas alpinas anunciadas na garrafa), ligeiramente picante. Algo realmente pitoresco, principalmente se tratando de um estilo que parece ser sempre a mesma coisa.


Custo-benefício: garrafa de 350 ml adquirida no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR) por R$ 8,90. Preço justo.


Nota: 190 Skol


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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

HACKER PSCHORR ANNO 1417



Descrição: esse foi o meu primeiro contato com uma cerveja do estilo Zwickel/Keller/Landbier (na garrafa é anunciada como Kellerbier). Devo dizer que é, em diretrizes gerais, diferente de tudo que já provei, ainda que não tãããão diferente assim. A impressão foi bem positiva, de algo não tão comercial e sim mais artesanal. A sua belíssima aparência é capitaneada por uma garrafa simpática, com uma rolha de material sintético e uma estrutura de ferro para abri-la. Despejada no copo, sua espuma apresenta aparência inicial grande e aerada, bem como coloração branca e reduzida longevidade. Há boa formação de colarinho em seu corpo turvo, denso e de coloração amarelo-alaranjado. Seu aroma, rústico, apresenta moderada presença de cevada e toques de mel (presença esta também sentida no sabor). O sabor inicial é levemente doce e ácido, apresentando leves dulçor e amargor no final, este de média duração - apresenta ainda leve aquecimento alcoólico. O paladar é composto de um corpo médio, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica. Experiência proveitosa.


Custo-benefício: garrafa de 500ml adquirida no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR), também pode ser encontradas em sites especializados em valores que orbitam entre R$ 12. Bom negócio.

Nota: 130 Skol

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http://beeradvocate.com/beer/profile/76/9784

http://www.ratebeer.com/beer/beername/18207/

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

BRAHMA 120 ANOS


Descrição: essa American Adjunct Lager/Pale Lager brasileira, apesar de ser uma edição comemorativa, é exatamente igual à tradicional Brahma. Sua espuma, alva, tem aparência inicial grande e reduzida longevidade. Apresenta excelente formação de colarinho em seu corpo claro, de densidade rala e cor amarelo-clara. Seu aroma tem leves notas de lúpulo e pão branco - além dos aromas descritos senti ainda um cheiro estranho, que não consegui decifrar. O sabor, tanto o inicial quanto o final (este de curta duração), é levemente amargo. Tem ainda gosto de pão líquido e grãos. O paladar é formado de um corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica.
Custo-benefício: encontrada em qualquer supermercado a partir de R$ 0,90 é o valor justo par ao que se propõe: bebê-la estupidamente gelada para refrescar-se no verão, sem qualquer preocupação com qualidade.
Nota: 1,5 Skol
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domingo, 14 de dezembro de 2008

OLD ENGINE OIL


Descrição: ao ver e observar o rótulo dessa cerveja escocesa na prateleira (com as palavras 'chocolatey', 'viscous' e 'bitter', respectivamente 'achocolatada', 'viscosa' e 'amarga', em uma tradução livre) pensei tratar-se de um tipo de Stout, ou até mesmo uma Porter. Até aí, minhas expectativas já eram altas. Momentos antes de degusta-la, no entanto, pesquisei-a em sites especializados, como sempre faço, e descobri que a mesma pertence ao estilo Old Ale, para meu espanto. Tal descoberta levantou ainda mais a barra de qualidade, e, junto consigo, a expectativa ainda maior de uma cerveja inesquecível, dado o histórico de exemplares magníficos do estilo, como a Strong Suffolk.
Despejada no copo, a primeira impressão já foi a de que minha primeira impressão era mais fiel do que a da mostrada pelos sites. Afinal, sua coloração marrom-escura (quase preta), seu corpo opaco, espuma marrom-clara, todos esses eram elementos de uma boa stout. Além disso, a OEO apresenta ainda uma espuma de aparência inicial pequena e virtualmente nenhuma formação de colarinho, sendo este, automaticamente, de reduzidíssima duração. O aroma, totalmente esperado, apresentou presença moderada de malte caramelo, chocolate e fortes notas de café. Seu sabor sacramentou o que as características anteriores já haviam evidenciado. No início, amargor moderado. No final, pesado amargor, de longa duração. Durante todo o gole, jurei estar sorvendo uma stout - de ótima qualidade, diga-se de passagem. O paladar é composto de um corpo médio ('quase viscoso', eu diria), textura seca, forte carbonatação e um final de sensação que mistura metálico e chalky (lembrando giz).
Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida por R$ 13,50 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR) não é bom negócio se a idéia for comprar uma Old Ale. Se a idéia for comprar uma Stout, está quase lá, mas também acho que está acima do patamar justo.
Nota: 120 Skol
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

FULLER'S HONEY DEW


Descrição: essa Golden/Blond Ale é o único exemplar da cervejaria inglesa Fuller's que já provei e posso dizer de boca cheia: DEIXA A DESEJAR. Sua espuma apresenta aparência inicial média e irregular, cor branca e reduzida longevidade. Apresenta boa formação de colarinho em seu corpo claro e de rala densidade, além da tonalidade dourada já esperada. O aroma, também restrito e corriqueiro ao estilo, apresenta notas de canela, mel e um tanto de massa crua. Seu sabor inicial apresenta moderado dulçor e leve acidez, tornando-se levemente doce e amargo no final, este de curta duração. No paladar sorve-se um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica. Perde para familiares brasileiras, como a Baden Baden Golden Ale.


Custo-benefício: garrafa de 500ml adquirida por valor entre R$ 20 e R$ 25 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR), é péssimo negócio, valendo no máximo metade desse valor.


Nota: 35 Skol


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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

KILKENNY


Descrição: essa é outra opção oferecida pela empresa que traz a Guinness ao Brasil, porém, de menor qualidade que esta última e também em relação à resenhada aqui ontem, Harp. Conjecturas a parte, vamos à análise. Sua espuma tem aparência inicial média, de coloração esbranquiçada e reduzida longevidade. Seu corpo de tonalidade cobre apresenta moderada formação de colarinho e claridade normal. Em seu restrito aroma se farejam notas de melado, chocolate ao leite (lembra cacau) e uma presença adocicada, semelhante à mel e açúcar mascavo. No campo do sabor, o início é um misto de leve acidez e amargor, mesmas características observadas no final, este de curta duração. O paladar é composto de um corpo médio, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica. Deixa muito a desejar em relação a outras de sua família (Irish Ale), como a Wexford Irish Ale.


Custo-benefício: adquirida por R$ 6,50 no Armazém da Serra, em Curitiba-PR. Um pouco acima do valor justo para a qualidade oferecida e o conteúdo oferecido (350 ml). No máximo 2/3 do valor estaria muito bem paga.


Nota: 30 Skol

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

HARP PREMIUM IRISH LAGER


Descrição: essa é uma simpática alternativa da mesma cervejaria que produz a renomada Guinness. Sua espuma, alva, tem aparência inicial média e reduzida longevidade. Apresenta boa formação de colarinho em seu corpo borbulhante e de tonalidade amarelo-médio. O aroma é composto de presença moderada de lúpulo, ervas e grama molhada. Leve dulçor é o que se nota em seu sabor inicial e leve amargor é a característica presente no final, este de média duração. No paladar se degusta um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final levemente alcoólico. Ótima session beer.

Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida por R$ 6,50 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR). Compensa.

Nota: 70 Skol

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

JOHN SMITH EXTRA SMOOTH


Descrição: essa Bitter inglesa tem na aparência seu principal trunfo. Sua lata é bacana, bem ilustrada e deixa o comprador curioso. Ao despeja-la no copo, observa-se uma espuma de aparência inicial média e cremosa (remete um visual leitoso), coloração esbranquiçada, boa formação de colarinho e grande longevidade. Seu corpo, cobre-escuro, é translúcido e apresenta, devido ao nitrogênio, um belo efeito "areia-movediça". Seu aroma é composto de ervas e chá-mate, algo inusitado. O sabor de restrita qualidade é levemente amargo no início e no final, este de média duração. É tão fraca que nem parece uma bitter. O paladar é composto de um corpo médio-leve, textura aguada-oleosa, carbonatação suave e final de sensação metálica.


Custo-benefício: lata de 500ml adquirida por R$ 14,90 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR). Comprei gato por lebre.


Nota: 30 Skol


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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

OETTINGER SUPER FORTE


Antes de começar o post, gostaria do tradicional aviso/agradecimento sempre que uma data é comemorada aqui nesse beerlog. Hoje, 8 de dezembro de 2008, Dr-Beer completa um ano de existência, com quase 340 posts e próximo a 7 mil impressões de página! Gostaria de agradecer as visitas e participações de todos e pedir que continuem movendo a engrenagem para que mais esse veículo que divulga a paixão de nós todos zitófilos continue na ativa! Long live the beer!

E agora, vamos ao post de hoje.



Descrição: devo dizer que esse Malt Liquor me surpreendeu. Primeiro porque os outros exemplares dessa cervejaria, apesar de agradáveis, não haviam me surpreendido de maneira excessiva. Segundo porque os últimos exemplares do estilo que provei, da linha Amsterdam, me pareceram avessos ao meu paladar, com o uso excessivo de álcool e pouca preocupação com a elaboração de uma receita palatável. Essa cerveja alemã apresenta espuma de aparência inicial média, cor esbranquiçada e reduzida longevidade. Conta com boa formação de colarinho em seu corpo borbulhante e amarelo-médio. O diversificado aroma conta com uma moderada presença de cevada (lufada inicial que depois esvanece), mel e cerejas em calda. Na boca, um sabor moderadamente doce no início e com leve dulçor e forte amargor no final, este de longa duração. O forte teor alcoólico (conta com aquecimento) mostra suas garras do meio do gole em diante, trazendo a tona algumas características de bebidas destiladas. Comporta-se bem no paladar, sendo encorpada, de textura cremosa, forte carbonatação e final de sensação moderadamente alcoólica. Grata surpresa.



Custo-benefício: lata de 470ml adquirida por R$ 8,30, no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR). Ótimo negócio.



Nota: 250 Skol



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domingo, 7 de dezembro de 2008

COLORADO DEMOISELLE


Descrição: essa Porter brasileira é mais uma boa surpresa da cervejaria Colorado. Sua receita, meticulosamente preparada e fiel ao estilo, agrada aos olhos e ao paladar. A espuma, marrom-clara, tem aparência inicial pequena e curta longevidade. Há moderada formação de colarinho em seu corpo negro e opaco. Seu aroma apresenta presença moderada de malte torrado, bem como a já esperada e presença forte de café. Além disso farejei cookies e chocolate meio-amargo, bem como a leve presença de açúcar mascavo. O marcante sabor é levemente doce e amargo no início, mantendo essa última característica até o final, este de média duração - nota-se um gosto de biscoito no início. O paladar é agraciado por um corpo médio, de textura cremosa, forte carbonatação e final de sensação metálica.

Custo-benefício: adquirida por cerca de R$ 10 no Armazém da Serra, no Mercado Municipal de Curitiba, é um negócio justo.

Nota: 100 Skol

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sábado, 6 de dezembro de 2008

MEANTIME INDIA PALE ALE


Descrição: essa imponente IPA inglesa já mostra de cara a que veio. A garrafa, de 750ml e com direito a rolha, já apresenta um visual fantástico. Sua espuma tem aparência inicial média, coloração esbranquiçada e moderada formação de colarinho. Seu corpo é claro e de coloração cobre-claro. O aroma é agradável: forte presença de malte aliada a notas de caramelo, grama e um tanto de café. O delicioso sabor é moderadamente amargo no início e apresenta pesado amargor no final, este de longa duração, uma dádiva. Seu corpo é médio, de textura seca, forte carbonatação e final levemente adstringente e chalky (com gosto de giz). Seu fortíssimo - e crescente - amargor é agradável e mais acentuado que o observado em outras cervejas do gênero. Nota-se bem a presença do álcool, bem como um aquecimento alcoólico da metade do gole em diante. Seu delicado fundo adocicado atenua brilhantemente o amargor.


Custo-benefício: adquirida por pouco mais de R$ 30 no Armazém da Serra, no Mercado Municipal de Curitiba, é um preço justo por 750ml de puro prazer cervejeiro.


Nota: 350 Skol


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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

BADEN BADEN GOLDEN ALE


Um tempo atrás realizei aqui nesse beerlog seções sobre o elenco de cervejarias nacionais, entre elas a Baden Baden, de Campos do Jordão-SP. À época, não havia analisado o exemplar de hoje, apesar de já havê-la provado. Recentemente tive a oportunidade de fazê-lo e agora falta apenas analisar o exemplar Tripel e Celebration inverno.


Descrição: essa Golden/Blond Ale tem espuma cremosa e portentosa, de coloração branca e boa longevidade. Há excelente formação de colarinho em seu corpo borbulhante e dourado. O original aroma apresenta notas de canela e erva-doce (já farejado em outras ocasiões; tal manutenção é grande crédito, uma vez que exemplares de outras cervejarias vêm mudando algumas características com o passar do tempo, nem sempre pra melhor). O também agradável sabor é moderadamente doce no ínicio, sensação esta que se mantém no final (que também apresenta leve amargor) de média duração. No paladar se sente um corpo leve-médio, de textura aguada, carbonatação suave e final levemente alcoólico (bem como ligeiro aquecimento).


Custo-benefício: adquirida por cerca de R$ 10 no supermercado Superpão, em União da Vitória-PR, é um negócio satisfatório, desde que as repetições não sejam muito frequentes.


Nota: 100 Skol


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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

PFUNGSTÄDTER JUSTUS WEIZEN HEFE HELL


Descrição: a Justus é uma saborosíssima representante do esitlo German Hefeweizen. Sua aparência também não deixa a desejar: a espuma, alva, apresenta imenso visual inicial, grande longevidade e excelente formação de colarinho. O tradicional corpo turvo e denso apresenta coloração amarelo-claro. Em termos de aroma, nada muito especial: os tradicionais banana e cravo acrescidos ainda da presença de notas de massa crua. O sabor, seu carro-chefe, é levemente ácido e doce no começo, apresentando a tríade leve dulçor-acidez-amargor no final, este de média duração. O paladar é agraciado por um corpo médio, de textura aguada, forte carbonatação e final chalky e levemente alcoólico.


Custo-benefício: adquirida por R$ 9 no Armazém da Serra, no Mercado Municipal de Curitiba, rende com louvor o valor, sendo mais vantajosa que a maioria dos exemplares mais populares do estilo, como Erdinger e Paulaner.


Nota: 150 Skol

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

SCHMITT SPARKLING ALE


Descrição: essa espetacular Golden/Blond Ale brasileira é, das que já provei, a melhor opção da cervejaria Schmitt (não desmerecendo a ótima Barley Wine). Seu visual apresenta uma espuma inicial alva, de portentosa aparência e bela cremosidade. Há excelente formação de colarinho em seu corpo claro e de coloração amarelo-médio. O aroma, frutado, apresenta forte semelhança com vinho branco e tem ainda notas de pêssego e abacaxi. O delicioso sabor, também semelhante ao de vinho branco, é levemente doce e amargo no início, apresentando moderado amargor no final, este de média duração. Seu corpo médio-leve apresenta textura seca, forte carbonatação e final levemente adstringente e alcoólico.

Custo-benefício: garrafa de 750ml adquirida por R$ 15 na Confraria da Cerveja, em União da Vitória, é um baita negócio, dada a altíssima qualidade da cerveja.

Nota: 200 Skol

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

JENLAIN SIX


Descrição: essa Pale Lager francesa foi uma grata surpresa. Seu teor alcoólico, de 6%, já avisava previamente que essa não seria uma representante comum do estilo. Sua espuma alva apresentou portentosa aparência inicial, bem como cremosidade. Há excelente formação de colarinho e grande longevidade em seu borbulhante corpo dourado-escuro. O agradável e excêntrico aroma (para o estilo) é composto de presença moderada de lúpulo, abacaxi e notas cítricas. O sabor inicial é levemente doce e ácido, tornando-se moderadamente amargo no final, este de curta duração. Apresenta gosto frutado, semelhante ao de um bom vinho branco (sendo essa, no entanto, a única semelhança com esta bebida). No paladar, sorve-se um corpo médio, de textura seca, carbonatação suave (para o estilo) e final chalky (lembrando giz). Seu início alcoólico foge do padrão do estilo.

Custo-benefício: adquirida por cerca de R$ 10 na distribuidora Muf's, em Curitiba, é um ótimo custo-benefício, dado que a garrafa é de 600ml.

Nota: 90 Skol

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domingo, 30 de novembro de 2008

DEVASSA TROPICAL DARK

Descrição: essa American Dark Lager brasileira é, na minha opinião, a mais limitada da linha Devassa. Sua espuma marrom-escura tem aparência inicial pequena e de reduzida longevidade. Apresenta virtualmente nenhuma formação de colarinho e seu corpo, marrom-escuro, é quase opaco. No aroma fareja-se a presença moderada de malte caramelo, notas suaves de café e ainda frutas secas, como uva-passa. O sabor inicial é levemente amargo, sensação esta que se torna moderada no final, este de curta duração. O paladar é formado de um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final de sensação metálica. Nota-se a presença de um gosto bem oxidado e um pequeno azedume durante o gole, ambas características prejudicam sobremaneira a drinkability, que não é das melhores.
Custo-benefício: adquirida por cerca de R$ 3 no Mercadorama, vale a pena apenas a título de conhecimento, não valendo repetecos.
Nota: 7 Skol
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sábado, 29 de novembro de 2008

CIDADE IMPERIAL ESCURA


Descrição: essa Schwarzbier brasileira, apesar de não ser a oitava maravilha do mundo, foi uma grata surpresa se considerada a má impressão que me foi conferida vendo opiniões por aí da mesma. Posta no copo, o que observei foi o contrário. Uma aparência inicial simpática, pequena e cremosa em sua espuma marrom-clara. O colarinho era praticamente nenhum e diminuiu rapidamente. Seu corpo, opaco, apresenta uma coloração marrom bem escuro, semelhante a do café. Seu instigante aroma apresenta presença moderada de malte caramelo, suaves notas de café (lufadas aparecem já no abrir da garrafa) e ainda a presença de frutas secas. O sabor inicial é levemente doce e amargo, sensação esta última que também está presente no final, este de média duração. O paladar é sua área de maior deficiência, onde um corpo médio-leve coexiste com uma textura aguada, carbonatação média-leve e final levemente adstringente. Seu paladar não chega a ser refinado, mas é agradável, sem ser adocicado demais - ou seja, boa drinkability. A presença de leve oxidação prejudica um pouco o paladar, que acaba mostrando a já mencionada adstringência (essa contribuindo negativamente) no final.
Custo-benefício: adquirida por R$ 4,90 é um bom negócio a título de conhecimento, mas não compensa para uma base regular de consumo.
Nota: 10 Skol
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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

WARSTEINER PREMIUM VERUM


Descrição: essa Classic German Pilsener foi uma das primeiras cervejas importadas a que tive acesso. A combinação de bela garrafa, do copo adequado (seu belo e trabalhado flute), do balde para mante-la gelada e do ambiente de status em que a consumi criaram em mim uma imagem sólida de respeito. Com o tempo, novos exemplares do estilo foram sendo provados, e o que era unanimidade passou a ser considerado uma cerveja que dá conta do recado dentro do que se propõe, nada além disso.
Exemplo dessa regularidade é sua pouco apelativa aparência para o estilo, que engloba um visual inicial pequeno em uma espuma alva e reduzida longevidade. Há moderada formação de colarinho em seu corpo amarelo pálido, transparente e de densidade rala. O aroma cai no lugar comum: lúpulo moderado e pão claro. Em termos de sabor, é levemente ácida e amarga no início, com toques salgados; apresenta moderado amargor e mantém a presença de sal em seu final de média duração. Seu corpo é leve, com textura aguada, forte carbonatação e final metálico - o típico paladar do gênero. O forte amargor de lúpulo aliado a sensação salgada prejudica sua refrescância - média drinkability.

Custo-benefício: adquirida por R$ 10 no Superpão, em União da Vitória-PR, é um bom negócio considerando-se a garrafa de 960ml. Mais pela quantidade e menos pela

Nota: 3 Skol

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DOS EQUIS SPECIAL LAGER


Descrição: essa Pale Lager/American Adjunct Lager mexicana é uma versão agradável do tradicional "pão líquido". Sua espuma alva tem aparência inicial pequena e reduzidíssima longevidade. Há uma moderada formação de colarinho (difícil de se ver no estilo) em seu corpo borbulhante, de densidade rala e amarelo-médio. O aroma, tradicional, traz pesada presença de lúpulo e pão claro, bem como peculiares notas distantes de poeira. Leve amargor é a tônica dos sabores inicial e final, este último de curta duração. No paladar percebe-se um corpo leve, de textura aguada, pesada carbonatação e final de sensação levemente adstringente.


Custo-benefício: adquirida por cerca de R$ 3 em grandes redes de supermercados, é uma boa pedida dado que sua qualidade está acima das Pilsen brasileiras tradicionais.


Nota: 3,5 Skol

terça-feira, 25 de novembro de 2008

AMSTERDAM MARINER


Descrição: essa Euro Pale Lager, além da Explorator, é outra boa opção da linha holandesa Amsterdam. Sua espuma, aerada e alva, tem portentosa aparência inicial e duradoura longevidade. Há excelente formação de colarinho em seu corpo amarelo-claro, límpido e de densidade rala. Seu aroma é levemente lupulado, e, obviamente, traz a presença de pão claro. O sabor inicial é levemente amargo, bem como o final, que também é salgado e tem curta duração. No paladar se degusta um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final metálico. Seu agradável gostinho salgado é mais suave que o de sua par da Grölsch, sensação crescente que atenua o final metálico.


Custo-benefício: adquirida por R$ 6 na Confraria da Cerveja, em União da Vitória, é o preço máximo a ser pago por ela em um bar. Encontrada por R$ 3 em supermercados de grandes redes, é um valor muito mais justo.


Nota: 8 skol


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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

EISENBAHN DUNKEL


Descrição: essa Schwarzbier (ou Munich Dunkel Lager, de acordo com o site BA) brasileira é uma ótima opção nacional do estilo, mas confesso que os lotes mais antigos (de um a dois anos atrás) me apraziam mais que o atual analisado. Sua aparência envolve uma espuma marrom-clara de porte médio e curta longevidade. Há boa formação de colarinho emu seu corpo borbulhante, quase preto (contra a luz é marrom-escuro) e quase opaco (nota-se translucidez visualizando-a contra a luz). O agradável aroma é moderada presença de malte caramelo e fortes lufadas de café - notei também um desagradável aroma oxidado. O sabor inicial é levemente doce e moderadamente amargo, sensação esta última que mantém até o final, este de média duração. O paladar forma-se de um corpo médio-leve, textura seca, forte carbonatação e final metálico. Percebe-se durante toda a experiência um amargor oxidado, semelhante ao da Baden Stout, apesar dos estilos diferentes e de ser menos aguada que a citada.

Custo-benefício: exemplar com vencimento para 04/09 adquirida no Armazém da Serra por R$ 3,90, é um bom negócio.

Nota: 80 Skol

domingo, 23 de novembro de 2008

BAMBERG MÜNCHEN


Descrição: essa cerveja brasileira me surpreendeu, trazendo qualidades mais complexas do que eu esperava, até mesmo por não ter tido a oportunidade de haver provado outros exemplares do estilo. Devo dizer que captei algumas semelhanças da mesma com a Eisenbahn 5 anos (apesar de serem estilos diferentes), quem já tiver provado as duas e queira concordar ou discordar, sinta-se a vontade.

No copo, a aparência foi instigante, porém nada assombroso. Sua espuma, marrom-clara, apresentou aparência inicial pequena e aerada, reduzida formação de colarinho e curtíssima longevidade. Seu corpo, translúcido, apresenta coloração marrom acobreado.

O agradável aroma é uma junção de melado, cassis e presença moderada de malte caramelo. Seu delicioso sabor é levemente doce e amargo no início, apresentando moderado amargor no final, este de média duração. No paladar, essa surpreendente cerveja mostra sua principal qualidade. Um corpo médio-cheio, de textura cremosa, carbonatação atenuada e final levemente alcoólico fecha a análise com chave de ouro.


Custo-benefício: adquirida a algo entre R$ 5 e R$ 6, é um ótimo negócio.


Nota: 120 Skol

sábado, 22 de novembro de 2008

NS2

Descrição: essa Fruit/Vegetable Beer brasileira é mais uma tentativa comercial das cervejarias nacionais de "inventar moda" com misturas mirabolantes, essa com tequila e limão. O resultado não é ruim, mas, em minha opinião, desvirtua o conceito de cerveja. Comentários à parte, vamos à análise.
Sua espuma inicial é branca e minúscula, o que acusa virtualmente nenhuma formação de colarinho. A longevidade da mesma é bem curta e seu corpo, amarelo-claro, é borbulhante e convidativo. No aroma, a perceptível presença dos ingredientes anunciados: limão e tequila, bem como algumas notas de álcool e bebidas destiladas, como Vermute. O sabor inicial apresenta moderado dulçor e leve acidez, trazendo a tríade de leve dulçor, acidez e amargor no final. O paladar é composto de corpo leve, textura aguada, carbonatação presente (semelhante a de um refrigerante) e final chalky (com gosto de giz). Percebe-se durante o gole um amargor de limão bem pronunciado, ao contrário da percepção atenuada de tequila. É uma versão mais amarga de um Smirnoff Ice, ou seja, pouco a ver com cerveja.
Custo-benefício: encontrada em quaisquer supermercados por preços que orbitam entre os R$ 2, vale a pena apenas a título de conhecimento, não se encaixando no perfil dos admiradores de uma cerveja tradicional.
Nota: 2 Skol

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

WERNESGRÜNER PILS


Descrição: essa Classic German Pilsener é uma agradável representante do estilo. Sua espuma, alva, apresenta aparência inicial grande e rochosa. Há excelente formação de colarinho em seu corpo amarelo e borbulhante. Seu aroma é moderadamente lupulado, com toques de manteiga e mel. O sabor inicial é levemente amargo, sensação esta que se torna moderada no final, de média duração - nota-se ainda um gosto amanteigado, quase oleoso. O paladar é formado por um corpo leve, de textura aguada, média-alta carbonatação (abaixo do esperada) e final metálico.


Custo-benefício: adquirida por cerca de R$ 6 no Armazém da Serra, no Mercado Municipal de Curitiba. Vale cerca de 2/3 do valor.


Nota: 8 Skol


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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

VALBIER


Descrição: essa Red Ale chilena artesanal é uma das piores cervejas que já provei. Faça-se uma ressalva que a mesma já estava vencida há dez meses quando a consumi, no entanto, já tinha ouvido falar mal da mesma. Seu único "trunfo", eu diria, é sua aparência, que não chega a ser maravilhosa, mas consegue disfarçar bem a espiral decrescente que vem na sequência.

Sua espuma, marrom-clara, tem portentosa aparência inicial e reduzida longevidade. Há excelente formação de colarinho em seu corpo praticamente opaco e de coloração âmbar, convidativo. Ao se analisar o aroma, infelizmente, a situação já começa a degringolar. Nota-se um cheiro azedo, bem semelhante a notas cítricas de limão. Cito ainda a impressão de meu amigo Luiz Fernando Cavalheiro, grão-mestre da Confraria do Status, segundo o qual a Valbier se parece com Ice Tea com limão, impressão que, além do aroma se alastra ao paladar. Seu sabor inicial é acético, também lembrando vinagre no final (este felizmente de curta duração), acrescido ainda de crescente amargor. O paladar é castigado por um corpo leve, aguado, de carbonatação suave e final levemente adstringente.

Custo-benefício: me foi presenteada pelo proprietário do Armazém da Serra, no Mercado Municipal de Curitiba. Nem assim, apesar de cavalo dado não se olhar os dentes, valeu a pena. Quem souber uma estimativa de preço da mesma, favor comentar no post.

Nota: 0,8 Skol

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

CARACU


Descrição: essa Foreign/Export Stout (de acordo com o site Beer Advocate) brasileira tem seus méritos. Sua espuma, marrom-clara, tem aparência inicial pequena, sendo considerada virtualmente nenhuma. A formação de colarinho também é virtualmente nenhuma e a longevidade do mesmo é reduzidíssima. Seu corpo, preto, é opaco. O agradável e tradicional aroma do estilo apresenta presença moderada de malte tostado bem como fortes lufadas de café. Seu sabor inicial é levemente doce e amargo e o final, de média duração, apresenta leve dulçor e moderado amargor. O paladar é formado de um corpo médio-leve, de textura aguada, forte carbonatação e final metálico. Além do retrogosto adocicado (como se tivesse sido adicionado açúcar), outra falta (por não combinar com o estilo) é sua textura aguada e sua carbonatação acentuada por demais (também considerando o gênero).


Custo-benefício: encontrada a preços camaradas em quaisquer pontos-de-venda nacionais (algo entre R$ 1,50 e R$2), vale a pena, não chegando a ser considerada uma boa cerveja.


Nota: 6 skol

terça-feira, 18 de novembro de 2008

AMSTERDAM EXPLORATOR


Descrição: essa cerveja holandesa foi a que mais me agradou na linha Amsterdam. Sua espuma tem aparência inicial média, cor alva, boa formação de colarinho e reduzida longevidade. Seu corpo é borbulhante, com médias partículas e tonalidade amarelo-escuro. Seu gostoso aroma apresenta notas de cookie, laranja e canela. Seu sabor inicial traz moderado dulçor e leve acidez, tornando-se levemente amargo no final, este de média duração. O paladar é composto de um corpo médio-leve, textura seca, forte carbonatação e final metálico. Seu amargor é semelhante ao encontrado em bons espumantes, com a presença do álcool não sendo disfarçada, pelo contrário.


Custo-benefício: adquirida por R$ 2,90 no Mercadorama, é um ótimo negócio.


Nota: 20 Skol

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

BAMBERG RAUCHBIER


Descrição: foi com grande estardalhaço (divulgação até na Folha de S. Paulo) que essa cerveja chegou a meu conhecimento, fato este pelo qual vim a degusta-la já com grandes expectativas. Infelizmente, minhas esperanças não foram bem recompensadas. Não cheguei a me decepcionar, tampouco a me empolgar, como esperava. A seguir o porquê de meu veredito. O exemplar apresenta espuma inicial de aparência pequena, praticamente nenhuma formação de colarinho, cor marrom-claro e reduzida longevidade. Seu corpo, marrom-escuro, é quase opaco, e apresenta visual semelhante ao de uma Pepsi. Seu aroma, tradicional, apresenta notas moderadas de malte tostado, bem como fumaça e fortes lufadas de linguiça defumada. O sabor é salgado no início e no final, que também é moderadamente amargo e apresenta curta duração. No paladar coexistem um corpo médio-leve, de textura aguada, média-alta carbonatação e final metálico. Sua principal falta é ser um tanto quanto aguada se comparada à suas pares da Eisenbahn e Schlenkerla. No entanto, me pareceu mais refrescante que as mesmas.

Custo-benefício: adquirida por R$ 6,30 no Armazém da Serra, vale a pena a título de experiência, não compensando repeteco.

Nota: 20 Skol

domingo, 16 de novembro de 2008

BAUHAUS


Descrição: essa Pale Lager brasileira está um pouco acima da média de suas compatriotas do gênero. Sua espuma tem aparência inicial pequena, cor alva e reduzida longevidade. Há boa formação de colarinho em seu corpo borbulhante, tonalidade amarelo-escuro e partículas de tamanho médio. No aroma, o esperado: pão claro e moderada presença de lúpulo. O sabor inicial é levemente doce e amargo, bem como seu final, de média duração. No paladar, um corpo leve, de textura aguada, forte carbonatação e final metálico. É bem pronunciada, marcante, e como dito antes, muito carbonatada. Harmoniza bem com um belo hamburguer, à americana.


Custo-benefício: adquirida por R$ 3 no Armazém da Serra no Mercado Municipal de Curitiba, vale a pena por estar acima da mediana nacional.


Nota: 7 Skol

sábado, 15 de novembro de 2008

AMSTERDAM NAVIGATOR




Descrição: essa Euro Strong Lager holandesa apresenta espuma com aparência inicial média, coloração branca e boa formação de colarinho, com boa longevidade. Seu corpo tem boa claridade e apresenta tonalidade amarelo-escuro, quase dourado, e com luzes avermelhadas. O aroma é bem adocicado, notando-se a presença de um olfato cítrico, puxando para a laranja. O sabor inicial é moderadamente doce e levemente amargo, apresentando moderado amargor no final, este de longa duração. Seu corpo é leve, aguado e de alta carbonatação, com final fortemente alcoólico, qualidade esta última que se nota durante todo o gole, mascarando outros sabores. Apesar disso, há relativamente bom balanço dulçor/álcool. O gole é permeado por forte aquecimento alcoólico.


Custo-benefício: adquirida por R$ 2,90 no Mercadorama, compensa o preço pago, mas em termos de qualidade, não vale a pena repetecos muito freqüentes.


Nota: 12 Skol



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domingo, 9 de novembro de 2008

COMO PROVAR CERVEJA


Ao analisar uma cerveja, você não pode apenas engoli-la vorazmente, arrotar e dizer “que delícia” ou então “que porcaria”. E, embora degustar seja uma arte individual, existem alguns passos, que, se seguidos, irão levar sua degustação de cerveja a um nível mais proveitoso.

1)Observe
Pare e contemple sua grande antes de ingeri-la. Levante a cerveja à sua frente, mas não a segure em frente a uma fonte direta de luz, pois isso irá diluir sua cor verdadeira. Descreva sua cor, sua espuma e sua consistência.
2)Agite
Rodopie a cerveja gentilmente no copo. Isso irá desprender aromas e ligeiras nuances, bem como soltar a estimular carbonatação e testar a retenção de espuma.
3)Cheire
90% a 95% do que você experiência é sentido através do olfato. Respire através do nariz com duas rápidas inspiradas e depois com sua boca aberta, depois apenas através da boca (nariz e boca estão conectados na experiência). Deixe seu olfato guiá-lo. Agite a cerveja novamente caso necessário, e certifique-se que você está em um lugar onde não hajam aromas mais fortes que possam atrapalhar o processo de farejar.
4)Saboreie
Agora tome um gole da cerveja. Controle-se para não engoli-la imediatamente. Deixe-a circular e explore seu paladar por completo. Deixe suas papilas gustativas falarem. Perceba o paladar, a consistência do corpo do líquido, e respire fora do copo durante o processo de saborear. O processo de exalar é chamado de ‘retro-olfação’ e irá liberam estímulos retidos na mucosa e no nível do paladar, mas em temperaturas mais altas. Às vezes isso será o mesmo que o processo olfatório, se não for diferente e complementar. Tente detectar qualquer dulçor, sabores salgados, ácidos e amargor geral. Explique o que eles são ou similares a que eles são.

Ainda, tente saborear a cerveja depois que ela tenha esquentado um pouco (não muito, no entanto). Cerveja gelada demais tende a mascarar alguns dos sabores. A medida que uma cerveja esquenta, seus reais sabores irão emergir e tornar-se mais pronunciados.

sábado, 8 de novembro de 2008

COMO COLOCAR A CERVEJA NO COPO


Passos para um pint perfeito:

 - Use um copo limpo. Um copo sujo, contendo óleos, sujeira ou resíduo de outra cerveja pode inibir a formação de espuma e sabores

- Segure o copo em um ângulo de 45º. Despeje a cerveja, mirando o meio da inclinação do copo. Não tenha medo de virar a cerveja com vontade ou de deixar algum ar entre a garrafa e o copo

- Na metade do caminho traga o copo a um ângulo de 90º e continue a despejar a cerveja no meio do copo. Isso irá induzir a formação de uma espuma perfeita. E lembre-se, a espuma na cerveja é uma boa coisa, pois libera seus aromas e incrementa a apresentação geral. Adicionar gradualmente alguma distância entre o copo e a garrafa enquanto a cerveja é despejada também ajuda a formar uma boa espuma. A espuma ideal deve ter entre 2,5 a 4 cm

 

Assista a um vídeo do procedimento relatado acima em

ttp://beeradvocate.com/beer/101/pour  

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

COMO ARMAZENAR CERVEJA




Visitem meu canal do YouTube em

https://www.youtube.com/channel/UCSnlDgGBkeCnhbDbLLkCjew, no qual podem ser vistos vídeos feitos durante a minha viagem ao Camboja. Entre eles, alguns que filmei em um evento de cerveja artesanal que fui há algumas semanas, da microcervejaria Cerevisia. Prestigiem! Peço também que curtam os vídeos e cliquem nos anúncios sempre que possível (não custa nada, é só fechar depois)!

Long live the beer!

O vinho não é a única bebida que pode ser envelhecida para maturação. Muitas cervejas se beneficiam de um envelhecimento estendido. Não estamos falando de uma cerveja média com uma vida média de 3 a 6 meses na prateleira – antes que a qualidade comece a despencar. Estamos falando de cervejas que imploram por maturação e armazenamento estrito como Vintage Beers (cervejas de safra), Barley Wines, Imperial Stouts, Belgian Strong Ales, Lambics, Old Ales e por aí vai. Idealmente, qualquer tipo de cerveja que possa ser guardado por um ou dois anos, ou ainda mais, de modo a construir um panteão de complexidades e mais além suas características, de uma forma positiva.
Se você está interessado em começar seu porão particular de cerveja, saiba que é realmente fácil. Primeiramente, você irá precisar manter paciência suficiente e força de vontade para não bebe-las muito cedo. Isso, acima de qualquer outra coisa, é o inimigo público número um de suas tentativas. Não há nada pior que pensar naquela cerveja especial, esperando, convidando você a bebe-la.
A seguir, você precisará comprar pelo menos duas unidades de cada cerveja. Uma delas você irá querer beber imediatamente para que possa compara-la com o outro exemplar envelhecido – tomando algumas notas caso queira. A outra cerveja deve ser armazenada por pelo menos um ano.
Atualmente vem sendo debatido o que é melhor: guardar a cerveja em pé ou deita-la como se fosse um vinho, especificamente em relação à garrafas com rolha. Alguns ‘experts’ acreditam no que prega a velha escola do vinho, que uma cerveja com rolha deve ser mantida de lado para evitar que a rolha seque, enquanto outros acreditam que isso não tem importância em absoluto. Em nossa opinião, todas as cervejas devem ser armazenadas em pé. A seguir listo os motivos pelos quais isso deve ser feito, juntamente com outros fatos interessantes sobre armazenamento e rolhas:
- as células da rolha são impregnadas com um material presente na cera, chamado de suberina, que é quase impermeável à água ou gases. A rolha também bóia devido a presença de ar comprimido nas cavidades das células mortas à prova de água. Quando cortadas essas células agem como áreas de sucção e tornam-se adesivas, sendo assim uma ‘barragem’ ideal para a garrafa.
- uma rolha natural por vezes tende a secar, embora seja difícil surgirem quaisquer problemas – mesmo com cervejas envelhecidas mais de 10 anos em pé. As rolhas modernas de hoje, feitas de material plástico e sintético apresentam chance muito menor de encolher, ao ponto de não valer a pena se preocupar.
- o interior de uma garrafa já contém seu próprio nível de umidade e como resultado não irá secar a porção da rolha dentro da garrafa se for armazenada corretamente. Então, a idéia de deitar uma cerveja para certificar-se que o líquido toque a rolha para prevenir a secagem é um ponto desnecessário – como a rolha é ‘quase impermeável à água’, ela não irá comportar-se como se fosse uma esponja. É a rolha exposta ao ar livre que deve ser motivo de preocupação, embora uma ampla quantidade de umidade seja o necessário para impedir que qualquer rolha exposta seque durante um armazenamento de longo prazo.
- Problemas na rolha usualmente são sinal de uma rolha ruim cujo prazo de validade já está ultrapassado e não necessariamente um sinal de mau armazenamento. Rolhas aglomeradas duram de 1 a 3 anos antes de começarem a se deteriorar. Rolhas de plástico eventualmente perdem sua elasticidade.
- um longo período de armazenamento sobre um lado pode criar um anel de levedo (ou marca d’água) dentro da garrafa, que não irá sedimentar. Armazenar uma cerveja em pé irá garantir que o levedo se compacte no fundo da garrafa.
- o método do armazenamento em pé diminui a parcela de cerveja exposta e portanto diminui a velocidade de oxidação da cerveja.
- outra boa razão para não armazenar uma cerveja de lado é que uma exposição muito longa da rolha pode conferir sabor de rolha à cerveja. O álcool presente na cerveja retira o caráter embolorado da rolha e de fato pode estragar a cerveja. Isso não adiciona nenhuma complexidade planejada à cerveja. Rolhas naturais também podem abrigar certas bactérias e fungos que criam um sabor secundário a partir de um composto chamado 2,4,6 Tricloroanisole ou simplesmente TCA, que traz um sabor sem graça ao paladar.
- muitas cervejas de safra (vintage beers) são mantidas nas prateleiras por um bom tempo antes de serem vendidas.
Recomenda-se que a cerveja seja armazenada em uma área fresca, longe de luz direta, fontes de calor e em um ambiente de temperatura constante. Falando nisso, a temperatura é um fator principal no armazenamento e servimento de uma cerveja. Isso pode também se tornar um real ato de balanceamento. A cerveja se beneficia de temperaturas frias e constantes, usualmente entre 50 e 55 graus Fahrenheit é o ideal para a maioria das cervejas e maior parte dos colecionadores de cerveja. Temperaturas mais altas irão arriscar um encurtamento da vida útil da cerveja e as mais baixas irão induzir a formação de uma névoa fresca. Uma regra geral diz que quanto mais alto o teor alcoólico, mais alta deve ser a temperatura e vice-versa.
Um aviso final: se sua cerveja tiver sido armazenada em um porão muito frio, então a sirva imediatamente ou você terá menos carbonatação, menos aroma e menos sabor. Você também irá arriscar prejudicar seu paladar. Use a regra temperatura de armazenamento = temperatura de servir e você se sairá bem.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

COMO ANALISAR UMA CERVEJA

Um dia qualquer você pode se ver degustando uma cerveja, quando de repente pode lhe ocorrer uma opinião a respeito da mesma, além do mero prazer de estar bebendo-a. A partir desse ponto, você pode decidir discutir sobre ela com outros bebedores ou então tomar algumas notas. Mas antes que o faça: pare, pense e beba! Embora o conceito ‘sabor’ seja muito subjetivo, há algumas formas de organizar seus pensamentos e manter-se o mais objetivo possível. As dicas a seguir irão ajudá-lo a avaliar uma cerveja respeito o que a cervejaria estava tentando atingir.

 

Respeite o cervejeiro

Atrás de cada cerveja está uma pessoa com sentimentos e orgulho. A cerveja pode ser sua paixão, seu ganha pão ou ainda toda sua vida. Mesmo que você não tenha apreciado uma cerveja, no mínimo tenha um certo respeito e seja construtivo com suas críticas.

 

Forme sua própria opinião

É importante não ser influenciado por outros ao analisar uma cerveja. Cada qual terá uma experiência diferente, então certifique-se que suas opiniões são autênticas. Não se deixe ser guiado por outrem antes que você mesmo analise a cerveja – isso inclui ler reviews online da cerveja que você está prestes a analisar.

Leve em conta o estilo

Digamos que você não goste de cervejas leves. São sugeridas duas coisas: 1) não as analise se você já sabe que não irá gostar – sua opinião será tendenciosa. 2) Analise de mente aberta e pelo o quê a cerveja está tentando ser, não pelo que você acha que a cerveja deve ser ou então compará-la com alguma maravilhosa cerveja que você tenha provado em outra ocasião. É também importante perceber que alguma característica que você possa não gostar em uma cerveja possa ser inerente a um estilo, portanto não podendo ser tida como falta. Exemplo: notas amanteigadas (provenientes de diacetil) em uma Scotch Ale ou em uma ESB, o azedume avinagrado em uma Lambic ou a intensa defumagem presente nas Rauchbier.

Sentidos

Sabor e aroma estão intimamente conectados, então certifique-se que seus sentidos estão em ordem. Evite fazer qualquer review caso esteja resfriado, tenha queimado sua língua com café pela manhã, tenha acabado de comer um prato de comida apimentada, provado muitas cervejas nesse mesmo dia, esteja exausto ou simplesmente de mau humor. Seja flexível e prove a mesma cerveja mais de uma vez.

Fumar

Falando de sentidos, nunca analise uma cerveja em um ambiente esfumaçado ou enquanto está fumando. O ato de fumar inibe olfato e paladar sobremaneira, e praticá-lo (direta ou indiretamente) pode prejudicar seus sentidos – em algumas ocasiões, de forma permanente.


O que procurar

Existem cinco categorias a serem avaliadas na cerveja a ser analisada:

 

Aparência: perceba cor, carbonatação, espuma (e sua retenção) da cerveja. Ela é clara ou turva? Ela parece pouco convidativa ou apetitosa?

Aroma: Traga a cerveja até seu nariz. Perceba as qualidades aromáticas da cerveja. Maltes: doce, tostado, defumado, assado, achocolatado, caramelizado, lembrando nozes ou biscoitos? Lúpulos:  úmido/resinado, herbal, perfumado, cítrico, condimentado, floral, lembrando folhas, grama ou pinheiro? O levedo também irá produzir aromas. Podem ser frutados ou florais (ésteres) nas Ales e bem limpos nas Lagers, que irão permitir o desprendimento de sutilezas de malte e lúpulo.

Sabor: tome um generoso gole da cerveja. Perceba quaisquer sabores ou interpretações de sabores, que você possa descobrir. As descrições serão similares ao que você farejou. A cerveja é bem construída? Há um balanço entre os ingredientes? A cerveja foi produzida com uma dominância específica de caráter em mente: Como ela encaixa no estilo?

Paladar: tome outro gole e deixe-o circular pela boca. Perceba como a cerveja se comporta no paladar e também seu corpo. Leve, encorpada, pegajosa, rala/aguada, suave ou ríspida? A cerveja era ‘choca’ ou carbonatada demais?

Drinkability (bebebilidade): a facilidade geral em consumir a cerveja e sua impressão geral da mesma. Você a tomaria outra vez?

Temperatura: Muitos tomam sua cerveja trincando de gelada (que o digam os brasileiros). Temperaturas baixas irão confundir as papilas gustativas e literalmente mascarar os verdadeiros sabores, aromas e nuances da cerveja. Use maltes coloridos e teor alcoólico para determinar as melhores temperaturas.  Tente algo entre 40-50 graus Fahrenheit para cervejas mais claras ou com menor teor alcoólico ou 50-60 Fº para cervejas mais escuras ou de maior teor alcoólico.

 

Copos (limpos)

De suma importância. Em vez de listar os ‘comos’ e os ‘porquês’, cheque a seção de copos nesse beerlog. Se você estiver em casa, procure fazer um estoque dos exemplares mais básicos, ou então faça o melhor que puder.

Ordem

Muitos sugerem que as cervejas devem ser degustadas no velho método heurístico, da mais clara para a mais escura. Apesar de geralmente funcionar, hoje em dia esse método é considerado falho. Claro, os sabores do malte irão intensificar-se com temperaturas crescentes, mas geralmente a cor não tem nada a ver com o processo de provar uma cerveja. A cor pode ser um indicativo do que você pode estar a procura, mas na maior parte das vezes e com grande parte dos bebedores, é psicológica. Você pode querer levar duas coisas em consideração: teor alcoólico e níveis de lúpulo. Mantenha suas cervejas lupuladas e de alto teor alcoólico para o final para que você não arruíne seu paladar prematuramente. Exceções a regra englobam certos ingredientes especiais que possuem características distintas, como maltes defumados nas Rauchbier, cervejas de fruta intensas ou bactérias e levedo selvagem usados nas Lambic – todas as quais podem ter coloração clara, daí o ‘furo’ nesse sistema. Você irá querer guardá-las para o final.

Não analise se estiver ‘intoxicado’

Você deve sempre apresentar moderação quando estiver bebendo e nunca analisar uma cerveja se estiver intoxicado. Seu julgamento será prejudicado, bem como seus sentidos.

Limpe o paladar

É altamente recomendável beber água ou comer pão puro, bolacha de água e sal ou até mesmo pipoca para limpar o paladar entre uma cerveja e outra para ajudar a manter os sentidos intactos – você quer limpar o paladar e não destruí-lo.

 

terça-feira, 4 de novembro de 2008

QUEIJOS AZUIS


Fazem parte dessa categoria os tipos Roquefort, Stilton e Gorgonzola, cujas características englobam sabores complexos, picantes e salgados, maciez e quebram facilmente, além de serem gordurosos. Apresentam veios azulados no interior. Tais variedades harmonizam bem com cervejas dos estilos Belgian Ale, Pale Ale, Belgian Strong Ale, Bière Brut e Weizenbock. Ilustra a imagem de hoje o queijo Roquefort, que pode ser encontrado a partir de R$ 40/kg.