sexta-feira, 30 de março de 2012

BACKER 3 LOBOS PELE VERMELHA

Descrição comercial

Pele Vermelha, do tipo IPA – Indian Pale Ale, com maior lupulagem de variedades americanas, maltes especiais e raspa de laranja, cor clara e teor alcoólico de 7%. IBU: 53.

Diagnóstico

Essa IPA mineira tem espuma média, aerada e esbranquiçada, de reduzida longevidade. Boa formação de colarinho. Corpo translúcido, ralo e marrom-ambarizado escuro. Aroma: laranja, café suave, casca de laranja e coca-cola. Sabor iicial: leve dulçor e pesado amargor. Sabor final: leve dulçor e violento amargor; longa duração. Paladar: corpo médio, textura oleosa, média carbonatação e final gredoso. O fortíssimo amargor, como anunciado,  realmente lembra bastante casca de laranja, com toques do suco dessa fruta.
Turbinada de lúpulo, quase no limite extremo. Muito boa cerveja, condimentada, potente. Copos recomendados: Shaker e Tulip. Garrafa de 350ml adquirida por através R$ 10,90 do site clubedomalte.com.br

Nota: 140 skol ou 3.9/5.0

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quarta-feira, 28 de março de 2012

LA TRAPPE ISID'OR



Descrição comercial

Essa cerveja é envasada para comemorar o 125º aniversário da cervejaria e é batizada em homenagem ao irmão Isidorus, o primeiro cervejeiro da cervejeria de Koningshoeven.

Diagnóstico

Essa Belgian Ale belga tem espuma volumosa, aerada e esbranquiçada, de reduzida longevidade. Boa formação de colarinho.  Corpo opaco, denso e âmbar-escuro. Aroma: flores, madeira, álcool, café forte, caramelo, malte moderado. Sabor inicial: moderado dulçor e leve amargor. Sabor final: moderados dulçor e amargor; longa duração. Paladar: corpo médio-cheio, textura cremosa, forte carbonatação e final fortemente alcoólico. Após alguns minutos descansando no copo, a espuma fica cremosa, lembrando vaporizada, depois que assenta. Dulçor suave, caramelado e maltado, sabor bem alcoólico, amadeirado. Sabor e aroma variam bastante a medida que a cerveja esquenta, fica mais frutada, com aroma de flores. Copos recomendados: Trappist Glass, Tulip e Tumbler. Garrafa de 750ml adquirida por R$ 46,90 através do site clubedomalte.com.br.

Nota: 120 skol ou 3.6/5.0

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terça-feira, 27 de março de 2012

ANDERSON VALLEY SUMMER SOLSTICE



Descrição comercial

Essa Ale acobreada é um sonho sedoso e cremoso. É maltada, bem suavemente lupulada e levemente doce, delicada nota de condimento que confere um sabor aveludado extra. Uma cerveja fresca para o calor, qualquer que seja sua latitude.

Diagnóstico

Essa Cream Ale norte-americana tem espuma média, aerada e esbranquiçada, de longevidade bem reduzida. Moderada formação de colarinho. Corpo claro, ralo e âmbar-laranjado escuro. Aroma: malte pesado, chocolate amargo, café suave e chá mate. Sabor inicial: moderado dulçor e leve amargor. Sabor final: leve dulçor e moderado amargor; média duração. Paladar: corpo médio, textura cremosa, média carbonatação e final levemente adstringente. Sabor de malte e mosto, estranho, com ligeiro amargor amadeirado e adstringente no final, Foi a Anderson Valley que menos me agradou até hoje, Lata de 350ml adquirida por R$ 13,90 através do site clubedomalte.com.br. Copos recomendados: Footed Pilsener e Lager Glass.

Nota: 20 skol ou 2.7/5.0

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http://www.ratebeer.com/beer/beername/46662/

segunda-feira, 26 de março de 2012

BADGER BLANDFORD FLY

Diagnóstico

Essa Premium Bitter/ESB inglesa tem espuma espuma pequena, aerada e branca, de longevidade bem reduzida. Moderada formação de colarinho. Corpo claro, ralo e amarelo-escuro. Aroma: leve malte, lúpulo moderado, gengibre. Sabores inicial e final: pesado dulçor e leve amargor; média duração. Paladar: corpo médio-leve, textura aguada, forte carbonatação e final metálico. Forte gosto de gengibre,mas doce demais e um pouco artificial, diferente da maravihosa Ginger Ale que adquiri na Argentina ano passado (já postada aqui nesse beerlog). Cerveja exótica, mas muito enjoativa, lembra refri de gengibre. Garrafa de 500ml adquirida por R$ 13,90.

Nota: 30 skol ou 3.2/5.0

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quinta-feira, 22 de março de 2012

GAUDENBIER HEFE-WEISSBIER

Diagnóstico

Essa German Hefeweizen paranaense tem espuma volumosa, cremosa, aerada e branca, de longevidade bem reduzida. Boa formação de colarinho. Corpo lodoso, denso e amarelo-alaranjado escuro. Aroma: banana, cravo e levedura moderada. Sabores inicial e final: moderado dulçor e leve amargor; média duração. Paladar: corpo médio, textura aguada, forte carbonatação e final levemente adstringente. Extremamente refrescante, sem diferenciais, mas sem falhas. Garrafa de 330ml adquirida por cerca de R$ 7 através do site clubedomalte.com.br. Copo recomendado: Weizen.

Nota: 30 skol ou 3.3/5.0

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quarta-feira, 21 de março de 2012

BAMBERG CAMILA CAMILA

Descrição comercial

Quando fazemos uma cerveja a idéia é que as pessoas bebam ela por muito tempo, sem que ela se torne cansativa e repetitiva, este é um grande desafio, assim também foi o pensamento dos adolescentes, na época ainda desconhecidos, que a 25 anos atrás escreveram a letra desta música. Indignados com a agressão que uma amiga deles sofria do namorado escreveram e letra e a melodia, mas no refrão não poderiam colocar o verdadeiro nome da amiga agredida, pois seria um grande constrangimento à ela. Foi então que em um dia chuvoso a água invadiu o chão do estúdio que ensaiavam, e pra secar as poças colocaram jornais velho, quando tocavam o refrão sem a letra, em um dos jornais no chão tinha o nome de um filme Camila, era o que bastava. Desde então em todos os shows do Nenhum de Nós a música Camila, Camila foi tocada e cantada por todos, da mesma forma que esperamos que a nossa Camila, Camila seja bebida ao longo dos próximos anos por muitas pessoas. A personagem da música, teve um final feliz, hoje ela tem 42 anos e não conviveu muito tempo com seu agressor, por causa da idade dela calculei a lupulagem da cerveja para 42 IBU. Por que Camila, Camila? Antes de qualquer coisa o Nenhum é uma banda formada por bebedores de boa cerveja, todos eles influenciado pelo expert em cerveja e baterista Sady, uma pequena homenagem da Bamberg aos amigos do Nenhum de Nós, espero que eles gostem. Por que uma Bohemian Pilsen? É uma cerveja que ao mesmo tempo ela é delicada e forte, com personalidade, mostra pra que veio, como a personagem da música foi. 

Diagnóstico

Essa Bohemian Pilsener paulista tem espuma média, aerada e branca, de reduzida longevidade. Boa formação de colarinho. Corpo claro, ralo e amarelo-escuro. Aroma: pão branco, lúpulo moderado, mel e camomila. Sabor inicial: leve dulçor e moderado amargor. Sabor final: leve dulçor e pesado amargor; longa duração. Paladar: corpo médio-leve, textura aguada, forte carbonatação e final metálico. Sente-se lúpulo importado no gosto, de IPA, delicioso amargor de casca de laranja, ligeiros toques herbais no paladar,lembrando hortelã e camomila. Muito boa cerveja, foge da baciada de representantes do estilo. Garrafa de 500ml adquirida por cerca de R$ 10 através do site clubedomalte.com.br. Copos recomendados: Flute e Footed Pilsener.

Nota: 60 skol ou 3.5/5.0

terça-feira, 20 de março de 2012

ST LANDELIN MYTHIQUE

Diagnóstico

Essa Biere de Garde francês tem espuma média, aerada e branca, de longevidade bem reduzida. Boa formação de colarinho. Corpo claro, denso e amarelo. Aroma: goma de mascar, maçã e vinho branco. Sabor inicial: moderados dulçor e amargor. Sabor final: leve dulçor e moderado amargor; longa duração. Paladar: corpo médio-cheio, textura oleosa, forte carbonatação e final fortemente alcoólico. Sabor bem frutado, de maçã, com toques campestres. Forte aquecimento alcoólico, mais do que o nominal (7,5%). O forte álcool mascara amargor e dulçor, lembrando malt liquor em alguns momentos. Garrafa de 330ml adquirida por R$ 12,90.

Nota: 60skol ou 3.3/5.0

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segunda-feira, 19 de março de 2012

PAULANER ORIGINAL MÜNCHNER HELL



Descrição comercial
Quando a Original Münchner foi envasada pela primeira vez, no final do século XIX, foi um espetacular sucesso. Com seu sabor lupulado, sutil, leve e elegante, se tornou muito popular. Hoje em dia a Paulaner Original Münchner é a Münchner Hellbier (cerveja lager ) mais vendida no mundo e a cerveja mais exportada pela Paulaner em mais de 30 países com seu sabor maravilhosamente sutil, condimentado e naturalmente substancioso.

Diagnóstico

Essa Dortmunder/Helles alemã tem espuma volumosa, aerada e branca, de reduzida longevidade. Boa formação de colarinho. Corpo claro, ralo e amarelo. Aroma: mel, malte moderado, pão escuro. Sabores inicial e final: moderado dulçor e leve amargor; média duração. Paladar: corpo médio-leve, textura aguada, forte carbonatação e final metálico. Saboroso dulçor maltado, permeado por amargor de lúpulo, mais amarga que as ultimas representantes do estilo que provei. Lembra algumas Premium lager brasileiras, como a kaiser gold, mas melhor devido à presença maltada e lupulada. Forte lembrança de pão liquido,

Nota: 12 skol ou 3.0/5.0

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domingo, 18 de março de 2012

WAY IRISH RED ALE



Em dezembro de 2010, no Clube do Malte, em Curitiba-PR provei o chopp da cerveja analisada hoje, ocasião quando a mesma, ao menos foi o que me disseram, era chamada Way Red Lager. Mais de um ano depois, vi essa cerveja a venda no site do mesmo bar e, felizmente, tive curiosidade em ver se minha opinião a respeito da mesma mudaria. Mudou, pra melhor, como vocês poderão ver abaixo, em minha nova análise.
Diagnóstico

Essa Irish Ale paranaense de Pinhais tem espuma volumosa, borbulhante e esbranquiçada, de longevidade persistente. Boa formação de colarinho. Corpo translúcido, denso e marrom-alaranjado escuro. Aroma: bala toffee, manteiga, malte pesado, caramelo e chocolate ao leite. Sabor inicial: moderado dulçor e leve amargor. Sabor final: moderado dulçor e pesado amargor; longa duração. Paladar: corpo médio, textura aguada, forte carbonatação e final metálico. Delicioso sabor amadeirado e caramelado, com amargor pungente crescente, dulçor maltado com presença de mel. Garrafa de 330ml adquirida por R$ 8,90 através do site clubedomalte.com.br.

Nota: 85 skol ou 3.7/5.0

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sábado, 17 de março de 2012

A INVENÇÃO DA CERVEJA

Não há uma data ou um povo específico que possa ser identificado como “marco” da invenção da cerveja. Os primeiros resquícios de cevada foram encontrados em escavações de tumbas de faraós egípcios e de civilizações do Oriente Médio, portanto há uma corrente histórica que identifica o surgimento da cerveja paralelo ao do pão. Foram encontrados desenhos rupestres que sugerem a fabricação de cerveja muito antes da invenção da escrita (4 mil a.C.).
Os sumérios, povo que habitava o atual Iraque, consumiam o sikaru, variação da bebida originalmente usada como remédio, mas que foi usada até como moeda. Praticamente na mesma região, onde desenvolveu-se o Império Mesopotâmico, o Código de Hamurabi, escrito em aproximadamente 1730 a.C., ordenava num de seus artigos o afogamento do cervejeiro em sua própria bebida caso ela fosse intragável.
Na Babilônia, os bons cervejeiros eram dispensados do serviço militar, ao qual deviam prover seus bons produtos. Prostitutas faziam suas próprias cervejas, oferecendo-as como um “plus” dos serviços para seus clientes.
No Egito, as cervejas mais suaves eram destinadas aos mais pobres e as aromatizadas, aos nobres. A bebida foi levada à Grécia e à Roma, onde, por incrível que nos pareça hoje,fez sucesso e tornou-se bastante popular – o imperador Júlio César, em 49 a.C., chegou a brindar com cervejas as conquistas de sua tropa.
Há também teorias de que os antigos germanos foram os primeiros a fabricar cerveja; ou ainda os celtas – gauleses, belgas, bretões, batavos, etc, colonizadores que deram origem a França, Portugal, Bélgica, Espanha, Inglaterra, Irlanda, Escócia.
De qualquer forma, as cervejas antigas têm pouco a ver com as que estamos acostumados a beber; elas eram desenvolvidas e utilizadas como “pão líquido”, por manterem os nutrientes dos cereais.
Já a primeira Pilsener tem data e inventor historicamente registrados: em 5 de outubro de 1842, o mestre-cervejeiro Josef Groll fabricou, na cidade de Pilsen, na Alemanha, os primeiros 37 hectolitros de cerveja de “cor ouro-claro, com borbulhas acentuadas e espuma branca e abundante”, conforme registrou a imprensa local.
Seja qual for a origem, uma coisa é certa: a cerveja sempre foi acompanhada do brinde.

Fonte: Larousse da Cerveja (Ronaldo Morato), O catecismo da cerveja (Conrad Seidl)

quinta-feira, 8 de março de 2012

HOBBY, ARTE, PAIXÃO E CERVEJA ptIV

Cavalcanti reclama de ter demorado um ano para conseguir sua licença para atua. Atualmente ele está criando o primeiro laboratório de leveduras líquidas do Brasil. "É uma criação de levedura, para propagação da técnica e comercialização", explica, pois a maioria das microcervejarias utiliza levedura em pó, o que segundo ele limita o sabor que se almeja.
Alenda, por sua vez, vê o crescimento do setor sendo ampliado por dois fatores: a maior facilidade na aquisição das matérias-primas, quasse toda importada, com o dólar desvalorizado, e a criação das associações de cervejeiros artesanais (ACERVAS). "Elas têm um papel fundamental na consolidação deste movimento, pois a partir destas associações são realizados cursos de aperfeiçoamento, eventos promocionais, compras conjuntas de matérias-primeas, entre outras ações positivas".
A chegada das cervejas artesanais ao varejo ainda é para poucos. além da produção limitada e dificuldades de distsribuição, Cavalcanti acha que os preços praticados ainda impedem a popularização das marcas regijonais. "Minha luta é trazer prestígio ao que é feito aqui: uma cerveja importada fica de 7 a 8 meses na alfândega, com a burocracia. O público valoriza mais o que vem de fora, é uma questão de mercado", lamenta.
"Acredito que o principal ganho para a sociedade seja o incremento das opções diferenciadas, além do incentivo ao movimento "beba menos, beba melhor", conclui Alenda.

quarta-feira, 7 de março de 2012

HOBBY, ARTE, PAIXÃO E CERVEJA ptIII

RESGATE CULTURAL

"Cerveja é uma das bebidas mais apreciadas no mundo, presente em quase todas as civilizações, que reúne arte e ciência no seu preparo, mas que nos últimos 200 anos foi perdendo pessoalidade e ganhando ar de uma bebida industrial", discorre Botto. Para ele, fazer cerveja em casa possibilita descobrir o que é cerveja, seus ingredientes e métodos de preparo, "permitindo o resgate de tradições, história e que façamos a nossa cerveja, com a nossa cara."
Esse movimento começou nos Estados Unidos, no começo dos anos 70. A fabricação caseira de bebida, uma característica sufocada pela Lei Seca dos anos 20, estava adormecida mas em pouco tempo se tornou uma gigantesca indústria, formada por microcervejarias que não sucumbiram aos grandes do setor. Já no Brasil, cervejarias de porte pequeno e médio foram compradas pelas multinacionais.
A vida de colos alemães para o trabalho das lavouras, no século XIX, trouxe a tradição da cerveja caseira. Logo surgiram pequenas fábricas, mas a maioria sumiu, adquiridas por grandes companhias - o "mainstream", conforme classifica Cavalcanti.
"É um resgate sociocultural imenso", acredita o mestre-cervejeiro da Bodebrown. Ele abriu a primeira turma de cervejeiros estimando conseguir 20 alunos - e foram 45. "A cerveja mainstream leva pro bar, afasta. A cerveja caseira aproxima."
Os obstáculos da arte de homebrewing são a burocracia brasileira e a falta de insumos. "Os estados da região sul e sudeste são os mais avançados. Aqui no Rio Grande do Sul temos a enorme vantagem de contar com o maior fornecedor de matérias-primas para homebrewers do Brasil", conta Alenda.

Termina amanhã a série sobre Hobby, arte, paixão e cerveja. Confira!

terça-feira, 6 de março de 2012

HOBBY, ARTE, PAIXÃO E CERVEJA ptII

A história de Cavalcanti é emblemática: químico, seu interesse pela cerveja vem da faculdade - foi o tema de sua monografia de conclusão de curso. Cervejeiro que sempre buscava apreciar as novidades em suas viagens ao exterior, fez cursos de homebrew em Berlim e Chicago e logo fundou a Bodebrown, premiada recentemente pela fabricação da Wee Heavy, uma cerveja bem maltada no estilo Scotch, muito diferente da tradição brasileira.
Outro cervejeiro de destaque no mercado nacional, Leonardo Botto (RJ), define a fabricação caseira como "um artesanato com a alma que reflete a personalidade de quem fabrica a cervejinha". Ele conta que uma pergunta recorrente é o porquê de se fazer cerveja em casa, se não é mais simples e prático comprar, ou se o trabalho compensa. "Mesmo que inicialmente possa ser um caminho para fugir da limitação do mercado, que oferece poucos estilos de cervejas e a um preço caro, fazer sua cerveja é mais que uma simples economia ou resgate de estilos. É um hobby que com o tempo fica mais gostoso que a própria bebida", explica.
Esse encantamento com a ténica cervejeira caracteriza o perfil do homebrewer. Cavalcanti, que em suas instalações criou espaço para a primeira escola de cervejeiros do Brasil: "é um mundo que se abre quando você começa a entender de estilos, copos, sabores."
Eduardo Alenda, da Alenda Beer (RS), compara a arte da cerveja ao cultivo de uma horta no quintal: "em abos os casos você está cultivando organismos vivos, que só vão crescer de maneira adequada se tiver paciência, dedicação e persistência, pois precisam de cuidados diários". Ele é outro apaixonado pelo hobby que se transformou em negócio. "Pra fazer cerveja não basta gostar de degustar o produto final, é preciso ter amor ao processo de fabricação, processo extremamente delicado e complexo; se manter sempre atualizado, estudar muito, participar de eventos sobre o assunto, pesquisar", enumera.

segunda-feira, 5 de março de 2012

HOBBY, ARTE, PAIXÃO E CERVEJA


















Olá amigos!
O post de hoje é uma reprodução de um interessante artigo publicado no jornal Cerveja de Todos os Jeitos no último trimestre de 2011 sobre o homebrewing no Brasil, assunto totalmente pertinente nesse beerlog. Espero que gostem. Dividirei o conteúdo em 4 partes, por questão de tempo e para não ficar muito cansativa a leitura. Long live the beer!

O Brasil está vivendo há alguns anos a revolução do movimento "homebrewer" - a fabricação caseira de cerveja, que vem modificando hábitos e gostos de consumidores de todo o mundo nos últimos 20 anos. Começou com consumidores que viajavam pelo exterior e voltavam para o Brasil frustrados por não encontrarem aqui os estilos e sabores experimentados lá fora. Esse grupo foi se conhecendo, inicialmente por meio da internet, e hoje é representado por 11 associações envolvendo cerca de 1,5 mil pessoas e 250 nanocervejarias.
Mas os microcervejeiros não ligam para números nem têm ambição de dominar o mercado, a exemplo das multinacionais que atuam no país. Quando falam sobre a fabricação de cerveja, as palavras mais usadas são paixão, arte e prazer.
"A pessoa que vai fazer uma microcervejaria não pode estar interessada só no capital predatório porque não vai ficar rico", observa Samuel Cavalcanti, fundador da microcervejaria Bodebrown, de Curitiba-PR. "O mercado da cerveja é movido a paixão", afirma.