segunda-feira, 30 de junho de 2008

18c) BELGIAN TRIPEL


Aroma: complexo com condimentação moderada a significativa, ésteres frutados moderados e leves aromas de álcool e lúpulo. Generosos fenóis condimentados, apimentados e por vezes lembrando cravo. Os ésteres são geralmente reminiscentes de frutas cítricas como laranjas, mas podem ocasionalmente ter leve caráter de banana. Baixo ainda que distinto caráter de lúpulo condimentado, floral e algumas vezes perfumado é usualmente encontrado. Alcoóis são suaves, condimentados e baixos em intensidade. Sem aromas quentes ou solventes de álcool. O caráter de malte é leve. Sem diacetil.
Aparência: coloração amarelo-escuro a dourado-escuro. Boa claridade. Efervescente. Espuma de longa duração, cremosa e irregular resulta na característica ‘formação belga de espuma’ no copo enquanto vai desaparecendo.
Sabor: casamento de sabores condimentados, frutados e alcoólicos auxiliados por um suave caráter de malte. Baixo a moderado teor de fenóis, que são de caráter apimentado. Ésteres reminiscentes de frutas cítricas como laranja ou às vezes limão. Baixo a moderado caráter condimentado de lúpulo é usualmente encontrado. Os alcoóis são suaves, condimentados, geralmente um pouco doces e baixos em intensidade. O amargor tipicamente vai de médio a alto, proveniente de uma combinação de amargor de lúpulo e fenólicos produzidos pelo levedo. Carbonatação e amargor substanciais conferem final seco com retrogosto moderadamente amargo. Sem diacetil.
Paladar: corpo médio-leve a médio, embora seja mais leve do que a gravidade substancial possa sugerir (graças ao açúcar a alta carbonatação). O alto teor alcoólico adiciona agradável cremosidade, mas pequena a intrínseca sensação de aquecimento. Sem caráter quente ou solvente de álcool. Sempre efervescente. Nunca adstringente.
Impressão geral: lembra fortemente uma Strong Golden Ale, mas é ligeiramente mais escura e um pouco mais encorpada. Usualmente tem um sabor mais redondo de malte, que não deve ser doce.
História: originalmente popularizada pelo monastério trapista em Westmalle.
Comentários: apesar do alto teor alcoólico, não tem forte gosto de álcool. Os melhores exemplos são aqueles mais furtivos, e não os óbvios. Altas carbonatação e atenuação ajudam a trazer à tona os muitos sabores e a aumentar a percepção de um final seco. A maioria das versões trapistas tem pelo menos 30 IBUs e são muito secas. Tradicionalmente condicionada (‘refermentada’) na garrafa.
Ingredientes: a coloração clara e o corpo relativamente leve para uma cerveja dessa força são resultado do uso de malte Pilsner e até 20% de açúcar branco. Lúpulos nobres ou Styrian Goldings são comumente usados. Variedades belgas de levedo são usadas – aquelas que produzem ésteres frutados, fenólicos condimentados e alcoóis mais altos – frequentemente auxiliados por temperaturas de fermentação ligeiramente mais aquecidas. Adição de condimentos não é tradicional, mas, se usados, não deve ser reconhecidos como tanto. Água com teor moderadamente baixo de sais minerais.
Estatísticas vitais:
IBUs: 20-40 SRM: 4.5-7 OG: 1.075-1.085 FG: 1.008-1.014 ABV: 7.5-9.5%
Exemplos comerciais: Westmalle Tripel, La Rulles Tripel, St. Bernardus Tripel, Chimay Cinq Cents (White), Watou Tripel, Val-Dieu Triple, Affligem Tripel, Grimbergen Tripel, La Trappe
Tripel, Witkap Pater Tripel, Corsendonk Abbey Pale Ale, St. Feuillien Tripel, Bink Tripel, Tripel Karmeliet, New Belgium Trippel, Unibroue La Fin du Monde, Dragonmead Final Absolution, Allagash Tripel Reserve, Victory Golden Monkey

Ilustra o espaço de hoje a Unibroue La Fin du Monde, belo exemplar encontrado em lojas especializadas brasileiras e também localizado em http://www.ratebeer.com/beer/unibroue-la-fin-du-monde/1094/

Continua amanhã a família Belgian Strong Ale com o subestilo Belgian Golden Strong Ale. Até lá!

Cheers!

Nenhum comentário: