terça-feira, 13 de janeiro de 2009

WÄLS TRIPPEL


Descrição: com esse exemplar de hoje, termino de analisar os rótulos dessa promissora cervejaria mineira. Defino sua Pilsen como surpreendente, sua Dubbel como decepcionante (peguei um lote que estava azedo, mas em breve receberei a garrafa de 750ml da fábrica, quando poderei tecer novos comentários, que, tenho certeza, serão favoráveis) e a Trippel como pretensiosa. O adjetivo dessa última definição deve-se ao fato de que o estilo, belga por definição, é muito complexo e é preciso muito know-how para produzi-lo de forma que mantenha todos seus ditames e "cacoetes". A cerveja é muito saborosa e não deixa a desejar em nenhum aspecto, no entanto, digamos que ainda é uma versão "júnior" do resultado que os mestres belgas já atingiram, até mesmo pelo tempo que já a produzem. Sua aparência, porém, perde em nada para suas familiares do além-mar. A espuma apresenta aparência inicial volumosa e irregular, cor alva e reduzida longevidade. Seu corpo âmbar-escuro é borbulhante e turvo, de grossa densidade. Há boa formação de colarinho. Em termos de aroma, notas cítricas de laranja, presença de abacaxi e também um bouquet floral. O agradável e delicado sabor é levemente amargo no início (semelhante a casca de laranja), apresentando moderado dulçor e leves acidez e amargor no final, este de média duração. Notei uma presença cítrica durante todo o gole. O paladar é composto de um corpo médio, de textura aguada (uma de suas principais faltas), forte carbonatação e final de sensação metálica. Falta complexidade, mas, ainda assim, é uma boa representante brasileira do estilo. Fico curioso pra saber se maior tempo de guarda, ou talvez na garrafa de 750ml, a cerveja apresentaria maior complexidade.

Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida por cerca de R$ 9 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR). Pouco acima do valor que eu consideraria justo, talvez 2/3 disso, ainda assim, proveitosa a título de conhecimento.

Nota: 130 Skol

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