Antes de iniciar o post de hoje, gostaria de lembrar a todos que hoje Dr-Beer completa 13 meses de vida, com mais de 8 mil posts, e uma média diária que ultrapassa 20 impressões de páginas. Me sinto satisfeito de saber que já tenho leitores cativos e é justamente isso que me motiva a manter o ritmo de posts quase que diário, ainda que as finanças não permitam que todos os dias do ano contenham reviews sobre novas cervejas. Reitero meu apreço a todos pela presença e continuo pedindo a participação de todos com críticas construtivas e também que, sempre que o produto lhes interessem, não se sintam acanhados em clicar na parte comercial do blog. Terminado o apelo, vamos à análise de hoje. Long live the beer!
Descrição: me arrisco a dizer que essa é a melhor Pilsen que já tomei até hoje, o que é um grande orgulho por tratar-se de um rótulo nacional. O que é estranho é que, apesar da mesma possuir muitos elementos do estilo - como concentração de malte e lúpulo - também lembra um estilo que aprecio muito, a Bitter inglesa. Pode ser que eu tenha sido tendencioso em conta disso, mas como especialistas de muito mais gabarito que eu, como o chef Edu Passarelli, também teceram elogios (até mesmo elegendo-a como a "melhor Pilsen brasileira), creio que eu não esteja exagerando tanto assim. Ao despejá-la no copo, ainda não pude perceber todo seu potencial. Sua espuma alva apresentou aparência inicial média e cremosa, com reduzida longevidade. O corpo, de claridade normal, densidade média e um belo tom amarelo-escuro apresentou moderada formação de colarinho. O aroma, bem tradicional, apresentou a esperada presença de pão claro e moderadas lufadas de lúpulo e malte, bem como suaves toques de mel. Nada que prenunciasse a gratíssima surpresa que vinha pela frente... O primeiro contato com a língua foi algo diferente de tudo que eu já havia provado em uma Pilsener: um amargor moderado, complexo, que foi se tornando pesado até o final do gole (relembrando, como dito acima, uma respeitável Bitter), este de média duração. No paladar, um também surpreendente corpo médio, de textura seca, forte carbonatação e final de sensação chalky (lembrando giz). Vale ressaltar o sabor marcante de lúpulo durante toda a experiência. No entanto, pode que os bebedores das tradicionais cervejas comerciais não a achem tão palatável das primeiras vezes, ou seja, é uma cerveja de média drinkability, ao menos para quem ainda não tem um paladar diversificado o suficiente.
Custo-benefício: garrafa de 350ml adquirida por cerca de R$ 6 no Armazém da Serra (Mercado Municipal de Curitiba-PR). Excelente negócio. Espero que não titubeiem em lançar o recipiente de 600ml, desde que não haja perda de qualidade.
Nota: 150 Skol
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2 comentários:
Eu adorei a Wäls Pilsen, ela é um tanto amarga e saborosa.
Num estilo mais "brasileiro" eu gosto também da Mistura Classica Premium, que parece um chopp na sua consistencia, não sei se vc ja tomou essa ou a Amber, porem a cerveja da Wäls é, realmente, diferenciada, assim como a Tripel.
Tiago,
Não tive a oportunidade de provar nenhuma Mistura Clássica ainda, aqui no Paraná nunca a vi pra vender, acho que só comprando em alguma loja virtual mesmo. Em relação às Wäls, gostei mais da Pilsen, dentre as três. A Trippel deles é boa, mas "incompleta" em relação à exemplares belgas tradicionais. A Dubbel, como postei, levei o azar de pegar um exemplar azedado, tanto que a cervejaria propôs me reembolsar um outro exemplar tão logo outra safra saia.
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