Dizem que essa é uma das únicas cervejas primitivas a sobreviverem na Europa Oriental. É uma cerveja rural com raízes na Finlândia (daí o nome Finnish - nota do blogueiro). Inicialmente envasada por camponeses nos anos 1500, era produzida com os mesmos pisando os grãos que compunham sua malha em barris de madeira, com a mistura sendo então escavada em um cocho de madeira escavado a mão (chamado de kuurna) com uma cama de ramos de zimbro que agia como filtro. Uma tampa no fundo da kuurna seria puxada para permitir que a mistura doce (infusão líquida feita com a malha) passasse através do filtro de ramos, seguido por uma recirculação da mistura e um jato de água quente (removida dos grãos), os quais criavam uma infusão de zimbro. A Sahti também é conhecida por ser turva, porque a mistura não é fervida após a separação dos grãos e líquidos usados, deixando muita proteína para trás, produzindo então um tremendo corpo. O levedo finlandês de baixa floculação usado por padeiros produz uma cerveja não-filtrada, com abundância de sedimentos. A Sahti tradicional não é tipicamente lupulada, então a tarefa de balanceamento é deixada para os ramos de zimbro, que conferem um caráter pouco usual de resina e também atuam como conservante. Alguns comparam as Sahti às Hefeweizen alemãs, embora outros as considerem mais parecidas com as Lambic belgas devido à exposição com levedos selvagens e bactérias, bem como sua acidez característica.
O exemplar que ilustra a foto de hoje é a Lammin Kataja Olut, uma das poucas comerciais do estilo que pude localizar e que pode ser encontrada em
E assim termina a série sobre as Finnish Ales. Começa amanhã a série sobre German Ales, com o estilo Altbier. Até lá!
Cheers!
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