segunda-feira, 23 de junho de 2008

17b) FLANDERS RED ALE


Aroma: complexa frutagem com malte complementar. Altamente frutada, com reminiscência de cerejas negras, laranja, ameixa ou corinto vermelho. Geralmente há algumas notas de baunilha e/ou chocolate. Fenóis condimentados podem estar presentes em pequenos volumes para dar complexidade. O aroma azedo e ácido varia de complementar a intenso. Sem aroma de lúpulo. Diacetil é perceptível apenas em quantidades mínimas, isso se for, como um aroma complementar.
Aparência: vermelho escuro, burgundi a marrom-avermelhado em cor. Boa claridade. Espuma branca a bronze bem pálido. Média a boa retenção de espuma.
Sabor: frutagem intensa comumente inclui ameixa, laranja, cereja negra ou corinto vermelho. Suave caráter de baunilha e/ou chocolate está geralmente presente. Fenóis condimentados podem estar presentes em pequenos volumes para dar complexidade. Caráter azedo e ácido varia de complementar a intenso. Sabores maltados variam de complementares a destacados. Geralmente na medida em que o caráter azedo aumenta, o caráter doce se mistura mais como um tipo de sabor secundário (e vice-versa). Sem sabor de lúpulo. Restrito amargor de lúpulo. Amargor acido e com taninos geralmente está presente em baixa a moderada quantidade e adiciona um caráter de vinho tinto envelhecido com final longo e seco. O diacetil é percebido apenas em quantidades muito pequenas e, se for, como um sabor complementar.
Paladar: corpo médio. Carbonatação baixa a média. Baixa a média adstringência, como um vinho tinto bem envelhecido, geralmente com acidez que enruga a língua. Enganadoramente leve e fresca no paladar, embora um final algo doce não seja incomum.
Impressão geral: uma Ale de estilo belga, complexa, azeda e à la vinho tinto.
História: a cerveja nativa de Flanders do oeste, tipificada pelos produtos da cervejaria Rodenbach, estabelecida em 1820 naquela região, mas refletiva de suas antigas tradições cervejeiras. A cerveja é envelhecida por até dois anos, geralmente em enormes barris de carvalho que contém a bactéria residente necessária para azedar a cerveja. Era comum na Bélgica e Inglaterra misturar cerveja velha com nova para balancear azedume e acidez encontrados em cerveja envelhecida. Apesar da mistura de lotes ser comum nos dias de hoje entre cervejarias de maior porte, esse tipo de mistura é uma arte em extinção.
Comentários: longo envelhecimento e mistura de cervejas jovens e bem envelhecidas geralmente ocorre, somando-se a suavidade e complexidade, embora o produto envelhecido seja por vezes lançado como uma cerveja de especialistas. Conhecida como a Burgundi da Bélgica, tem maior semelhança com vinho que qualquer outro estilo de cerveja. A coloração avermelhada é um produto do malte, embora uma porção prolongada da fervura possa ajudar a adicionar uma atraente tonalidade burgundi. O envelhecimento também irá escurecer a cerveja. A Flanders vermelha é mais acética e seus sabores frutados são mais remanescentes de um vinho tinto que em uma Oud Bruin. Pode ter uma atenuação aparente de até 98%.
Ingredientes: uma base de maltes Vienna e/ou Munich, baixo a médio teor de maltes Cara, e uma pequena quantidade de Special B são usados com até 20% de milho. Um pouco de lúpulo Continental alpha ácido é comumente usado (evita-se o uso de lúpulos americanos distintos ou High Alpha). Saccharomyces, lactobacilos e Brettanomyces (e acetobacter) contribuem para a fermentação e eventual sabor.
Estatísticas vitais:
IBUs: 10-25 SRM: 10-16 OG: 1.048-1.057 FG: 1.002-1.012 ABV: 4.6-5.2%
Exemplos comerciais: Rodenbach Klassiek, Rodenbach Grand Cru, Bellegems Bruin, Duchesse de Bourgogne, New Belgium La Folie, Petrus Oud Bruin, Southampton Flanders Red Ale, Verhaege Vichtenaar, Monk’s Cafe Flanders Red Ale, New Glarus Enigma, Panil Barriquée, Mestreechs Aajt


Ilustra o espaço de hoje a Rodenbach Classic, exemplar também encontrado em



Tem prosseguimento amanhã a família Sour Ale com o subestilo Flanders Brown Ale/Oud Bruin. Até lá!


Cheers!

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