Olá a todos!
A exemplo de 2013 e 2015, faço este ano mais uma retrospectiva com as 5 melhores cervejas de 2016, ano este em que tive a oportunidade de fazer algumas viagens internacionais e ter acesso a rótulos mais difíceis de encontrar no Brasil. Dois deles figuram no ranking. A lista foi feita a partir de 208 rótulos degustados no ano que passou.
A ideia, como sempre, é compartilhar o que há de bom no mundo cervejeiro e servir como ajuda aos que estão em dúvida no que comprar e se tal cerveja vale ou não a pena ser adquirida por determinado valor. Os exemplares que descrevo a seguir foram escolhidos a dedo e com certeza não lhes irão decepcionar:
PS - O ranking deste ano foi feito a partir de uma média entre a nota em skol e a nota dada a partir dos quesitos que constam no formulário do ratebeer.com.
1o LUGAR - STRUISE TSJEESES RESERVA - PORT
A grande campeã deste ano foi escolhida a dedo por mim para ser degustada no dia de natal, até por ser uma cerveja especial para a ocasião. É uma Belgian (Dark) Strong Ale, que figura entre as top 50 do estilo do site ratebeer.com, envelhecida em barris de vinho do Porto.
A cerveja, assim como todos os outros exemplares da cervejaria Struise que tive a oportunidade de degustar, é excepcional. Ela apresenta um belíssimo corpo, âmbar-avermelhado escuro, opaco e denso, de belíssimo visual. O aroma escapa às narinas assim que a cerveja é despejada no copo, com as fragrantes presenças de vinho do Porto, malte moderado, geléia de morango e ameixa. Uma cerveja com perfil maltado, permeado por dulçor de frutas vermelhas e caramelo. Uma obra-prima para se degustar de joelhos. Nota: 220 skol ou 4.2/5.0
2o LUGAR - HERETIC TORMENT
2o LUGAR - HERETIC TORMENT
Encontrei esta Belgian Strong Ale no site tailandês wishbeer.com, quando estava visitando Bangkok, a capital daquele país e levei-a comigo, de avião, para degustá-la na pacata cidade tailandesa de Chiang Rai, mais especificamente na guesthouse na qual me hospedei. A segunda melhor cerveja do ano apresentou um corpo translúcido, de uma penetrante tonalidade marrom-avermelhado escura. O complexo aroma era formado da presença de malte moderado, caramelo, álcool, madeira, framboesa, ameixa e vinho tinto. No sabor inicial, percebi moderado dulçor (maltado e achocolatado) e no final, moderado dulçor e leve amargor. Uma cerveja alcoólica em geral, com paladar amadeirado e de frutas vermelhas, lembrando a lendária Gouden Carolus Classic. Nota: 220 skol ou 4.1/5.0
3o LUGAR - DAMA RESERVA 05
Ao contrário do ano passado, o ranking deste ano conta com uma representante brasileira - uma edição comemorativa para dos 5 anos da cervejaria Dama. Aprofundando-se um pouco mais em sua descrição comercial, é um blend de cervejas, cuja base é uma Strong Dark Ale, parte maturou em barril de carvalho que continha cachaça, outros tinham vinho licoroso e outros Whisky. Uma parte foi para barril de umburana e depois foi feito um blend com todos e mais uma pequena parte que ficou no tanque sem passar por madeira.
Em minha análise pessoal, vi uma cerveja de corpo preto, opaco e denso, com aroma de álcool, moderado malte assado, frutas secas, caramelo e vinho tinto. O sabor é muito equilibrado. No início, moderado dulçor e leve adstringência. No final, moderado amargor (lupulado) e moderado dulçor, com características maltadas e de biscoito. O aquecimento lembra o de cachaça. Leve adstringência lembra frutas secas e ameixa fresca. Complexa, apresentando também elementos de Imperial Stout. Paladar amadeirado, lembrando carvalho. Notas também de chocolate. A terceira parte da cerveja é defumada, aumentando ainda mais a complexidade. Um espetacular exemplo do nível de excelência que os mestres-cervejeiros brasileiros atingiram ao longo dos últimos anos. Nota: 220 skol ou 3.9/5.0
4o LUGAR - BRIDGE ROAD / NOGNE AUSTRALIS AURORA
3o LUGAR - DAMA RESERVA 05
Ao contrário do ano passado, o ranking deste ano conta com uma representante brasileira - uma edição comemorativa para dos 5 anos da cervejaria Dama. Aprofundando-se um pouco mais em sua descrição comercial, é um blend de cervejas, cuja base é uma Strong Dark Ale, parte maturou em barril de carvalho que continha cachaça, outros tinham vinho licoroso e outros Whisky. Uma parte foi para barril de umburana e depois foi feito um blend com todos e mais uma pequena parte que ficou no tanque sem passar por madeira.
Em minha análise pessoal, vi uma cerveja de corpo preto, opaco e denso, com aroma de álcool, moderado malte assado, frutas secas, caramelo e vinho tinto. O sabor é muito equilibrado. No início, moderado dulçor e leve adstringência. No final, moderado amargor (lupulado) e moderado dulçor, com características maltadas e de biscoito. O aquecimento lembra o de cachaça. Leve adstringência lembra frutas secas e ameixa fresca. Complexa, apresentando também elementos de Imperial Stout. Paladar amadeirado, lembrando carvalho. Notas também de chocolate. A terceira parte da cerveja é defumada, aumentando ainda mais a complexidade. Um espetacular exemplo do nível de excelência que os mestres-cervejeiros brasileiros atingiram ao longo dos últimos anos. Nota: 220 skol ou 3.9/5.0
4o LUGAR - BRIDGE ROAD / NOGNE AUSTRALIS AURORA
Esta Abt/Quadrupel norueguesa (top 50 no ratebeer.com), cuja maturação ocorre em barris de vinho durante o seu transporte, e que também foi adquirida no site tailandês wishbeer.com, me deu um baita susto. Ao retirar minha mala da esteira de bagagens, reparei que a mesma estava exalando um cheiro de cerveja. Desesperado, abri a mala e comecei a ver uma por uma das 7 cervejas que eu estava transportando. Por sorte, nenhuma delas havia estourado, mas a pressão do voo havia feito a tampinha da garrafa desta cerveja soltar-se um pouco e cerca de 1/3 do líquido havia vazado para dentro da mala. Mesmo assim, consegui analisá-la. A maturação acontece em barris de vinho tinto em sua jornada até a Noruega.
Já acondicionada no modesto copo que consegui emprestar na guesthouse em que me hospedei, consegui identificar em seu aroma as presenças de vinho tinto, amora e leve malte. O sabor, bem equilibrado, característica das melhores cervejas, apresentou em seu início dulçor moderado e leve adstringência. Em seu final, detectei leve dulçor e moderada adstringência. O sabor também lembra amora. Paladar: corpo médio, textura oleosa, forte carbonatação e final moderadamente adstringente. O fato de ter sido armazenada em barris de vinho lhe conferiu um caráter bastante semelhante ao daquela bebida, além de lembrar também o sabor de amora e trazer um azedume semelhante ao do estilo Gueuze, incomum para o estilo, mas que apareceu como um charme de complexidade ao equilibrar o tradicional dulçor do estilo. Nota: 200 skol ou 4.0/5.0
5o LUGAR - TUPINIQUIM / NOGNE / COLORADO - O GRANDE ENCONTRO
5o LUGAR - TUPINIQUIM / NOGNE / COLORADO - O GRANDE ENCONTRO
Fecha este ranking mais uma cerveja brasileira de origem, a excelente Abt/Quadrupel gaúcha feita em parceria com as cervejarias norueguesa Nogne e a paulista Colorado. Em termos de aroma, não deveu em nada em relação às belgas, ícones do estilo: chocolate, uva-passa, malte moderado e vinho do Porto. O sabor, bem tradicional, trouxe moderado dulçor no início e moderado dulçor e leve amargor no final, lembrando uva-passa e vinho do Porto. Mais uma cerveja que me trouxe elementos da icônica belga Gouden Carolus Classic, mas com menos adstringência e mais amargor, apesar de não pertencerem ao mesmo estilo. Nota: 200 skol ou 3.9/5.0
E assim começo o ano de 2017 aqui no The Brewski Diaries. Espero que tenham gostado do meu top 5 e que as dicas deste ano tenham sido proveitosas. Agradeço as visitas e as participações e até 2018!
Long live the beer e Happy New Beer a todos!
E assim começo o ano de 2017 aqui no The Brewski Diaries. Espero que tenham gostado do meu top 5 e que as dicas deste ano tenham sido proveitosas. Agradeço as visitas e as participações e até 2018!
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