terça-feira, 31 de março de 2009

7) RUSSIAN ALES 7a) KVASS

Kvass significa "fermento" em russo e é uma bebida do século XVI parecida com cerveja e feita com grãos - trigo, centeio, cevada, etc. - ou centeio escuro para pão. Geralmente conta também com a adição de açúcares, seiva de vidoeiro, amoras, frutas; o processo é parecido com o envasamento de cerveja antigo. É basicamente uma fermentação do que estiver por perto com levedo/levedura de padeiro simples. Tem baixo teor alcoólico (0,5 a 2,5%) e é geralmente saborizado com ervas ou frutas para cortar o amargor. É uma bebida nacional russa, mas também encontrada pela Europa Oriental.
E assim termina a seção sobre Russian Ales. Termina amanhã a seção sobre Ales com as Scottish Ales, iniciando com o estilo Scotch Ale/Wee Heavy. Até lá!
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segunda-feira, 30 de março de 2009

6b) IRISH RED ALE


São um tanto quanto suaves, com sabor levemente lupulado lembrando chá e com um corpo dextrinoso - cervejas fáceis de agradar. Apresenta sabores bem balanceados e um agradável caráter de malte tostado em muitos exemplos. Um final seco é comum. O teor alcoólico oscila entre 4 e 6%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Brian Boru Old Irish Red, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Termina assim a série sobre Irish Ales. Começa - e termina - amanhã a série sobre Russian Ales, com o estilo Kvass. Até lá!

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domingo, 29 de março de 2009

6) IRISH ALES 6a) IRISH DRY STOUT


Uma das Stout mais comuns, a Dry Irish tende a ter corpo leve para mantê-las altamente bebíveis. Usualmente possuem baixa carbonatação e são servidas com um sistema de nitrogênio que lhes confere um efeito cremoso (nota do blogueiro: chamo de efeito "areia-movediça). O amargor provém tanto do uso de cevada tostada como de uma generosa dose de lúpulos, embora o primeiro seja mais perceptível. Os maiores exemplos do estilo são a Murphy's, a Beamish e a Guinness, embora hajam muitas outras Dry Stouts produzidas nos Estados Unidos que são comparáveis, se não melhores. O teor alcoólico oscila entre 4 e 6%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama O' Hara's Celebration Stout, é o segundo melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Termina amanhã a série sobre Irish Ales com o estilo Irish Red Ale. Até lá!

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sábado, 28 de março de 2009

5i) WEIZENBOCK


Uma Dunkel Weizen (de "força" da mais poderosa, com um pronunciado caráter alcoólico de éster, talvez com mais condimentação devido a isso, bem como um caráter mais complexo de frutas escuras proveniente do uso de malte. O teor alcoólico oscila entre 7 e 10%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Schneider Aventinus, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e já foi resenhado aqui nesse beerlog: http://dr-beer.blogspot.com/2008/08/schneider-aventinus.html. Pode também ser encontrada em

E assim termina a série sobre German Ales. Começa amanhã a série sobre Irish Ales, com o estilo Irish Dry Stout. Até lá!

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sexta-feira, 27 de março de 2009

3h) ROGGENBIER


Um estilo alemão tradicional de cerveja de centeio que tipicamente contém largas porções desse cereal. Espera-se uma condimentação bem pronunciada e caráter azedado típico do centeio, bem como um caráter limpo de lúpulo. Geralmente não-filtrada e condicionada na garrafa. Tendem a ser bem turvas e espumosas. O teor alcoólico oscila entre 4 e 6%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Thurn und Taxis Roggen, é um dos melhores cotados do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Termina amanhã a série sobre German Ales com o estilo Weizenbock. Até lá!

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quinta-feira, 26 de março de 2009

5g) KÖLSCH


Inicialmente envasada apenas em Köln, na Alemanha, é atualmente produzida também por muitos pubs-cervejarias americanos e um punhado de cervejarias, que criaram seu estilo próprio desse estilo obscuro. Corpo leve a médio com uma cor bem pálida, médio a ligeiramente assertivo amargor de lúpulo. Um sabor que lembra algo de vinho (toques de uva proveniente dos maltes usados) e também seco completam o estilo. O teor alcoólico oscila entre 4 e 6%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Reissdorf Kölsch, é um dos melhores cotados do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em
http://beeradvocate.com/beer/profile/288/2040

Continua amanhã a série sobre German Ales com o estilo Kölsch. Até lá!

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quarta-feira, 25 de março de 2009

5f) KRISTALWEIZEN


Uma versão filtrada de Hefeweizen que exibe um corpo brilhante e claro, de coloração palha-clara a âmbar-claro. O caráter geral será mais claro e mais suave no paladar, bem como os fenóis lembrando banana, que serão mais sutis. O teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.


O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Weihenstephaner Kristallweissbier, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre German Ales com o estilo Kölsch. Até lá!

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terça-feira, 24 de março de 2009

5e) HEFEWEIZEN


É um estilo de cerveja de trigo proveniente do sul da Alemanha (weissbier) feito com uma proporção típica de 50/50, ou ainda mais alta, de trigo. É feita com um levedo que produz sabores fenólicos peculiares de banana e cravo com uma nuance geralmente seca e azeda, alguma condimentação, notas de goma de mascar e, às vezes, maçã. Baixo amargor de lúpulo e moderado teor alcoólico (oscila entre 4 e 7%). O prefixo "Hefe" significa levedo (ou levedura), daí a aparência turva, já que não são filtradas. Disposta em um tradicional copo Weizen, a Hefeweizen pode ser uma cerveja de aparência sexy. Também servida com uma rodela de limão (popularizada pelos americanos), para cortar o gosto de trigo ou levedo, que alguns consideram um plus e outros um insulto e algo que estraga o sabor da cerveja e a retenção de espuma (nota do blogueiro: me encaixo nessa última categoria).

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Weihenstephaner Hefe Weissbier, é o segundo melhor cotado na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre German Ales com o estilo Kristalweizen. Até lá!

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segunda-feira, 23 de março de 2009

5d) GOSE


Um velho estilo alemão de cerveja proveniente de Leipzig, a Gose é uma cerveja de trigo não-filtrada feita com 50 a 60% de trigo malta, o que provém uma coloração amarelo-enevoado e fornece refrescância e "morde" a língua. A Gose tem baixo amargor de lúpulo e uma secura complementar e condimentação proveniente do uso de sementes de coriandro, bem como uma acidez proveniente do uso de sal. A exemplo das Berliner Weisse, a Gose faz uso de vários xaropes saborizados e coloridos, visando balancear a adição de ácido lático que é misturado à fervura. Recentemente o estilo tem vislumbrado um mini-"revival" com um punhado de cervejarias trazendo-o novamente à tona na região de Leipzig. O teor alcoólico oscila entre 4 e 5%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Leipziger Gose, é um dos melhores cotados do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre German Ales com o estilo Hefeweizen. Até lá!
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domingo, 22 de março de 2009

5c) DUNKELWEIZEN


Similar a uma Hefeweizen, essas cervejas de trigo do sul da Alemanha são envasadas como versões mais escuras (Dunkel significa "escuro") com maltes deliciosamente complexos e baixo amargor balanceador. A maioria são marrons e turvas (devido ao levedo). A tradicional presença de cravo e banana se mantém, algumas podem até mesmo ter sabor de pão de banana. O teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.


Ilustra o espaço de hoje a Weihenstephaner Hefeweissbier Dunkel, exemplar melhor cotado do estilo na fonte de consulta que pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre German Ales com o estilo Gose. Até lá!

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sábado, 21 de março de 2009

5b) BERLINER WEISSBIER


A Berliner Weisse é uma cerveja de trigo de alta fermentação, condicionada na garrafa e produzida com levedos de fermentação aquecida e a cultura de lactobacilos. Possuem espuma que desaparece rapidamente e uma aparência clara e de coloração palha dourada. O sabor é refrescante, azedo e ácido, com uma acidez cítrica de limão e quase nenhum amargor de lúpulo. Servida em copos bulbosos com hastes, costumeiramente é pedida pelos turistas em Berlim, os quais demandam a adição de xaropes à cerveja para torna-la mais palatável. Os mais conhecidos são os de framboesa (Himbeere), que é vermelho, e o de aspérula (Waldmeister), que é verde. O teor alcoólico oscila entre 2 e 5%.


O exemplar que ilustra o espaço de hoje atende pelo nome de New Galrus Unplugged Berliner Weiss, é o melhor exemplar do estilo cotado na fonte de consulta e pode ser encontrado em



Continua amanhã a série sobre German Ales com o estilo Dunkelweizen. Até lá!


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sexta-feira, 20 de março de 2009

5) GERMAN ALES 5a) ALTBIER


Essa cerveja alemã do estilo Brown Ale é uma especialidade de Dusseldorf, com o "alt" literalmente significando "velho" em alemão, sendo que tradicionalmente são condicionadas por um período muito mais longo que o normal. Outras fontes citam o "alt" como sendo derivado da palavra em latim "altus", que significa "alto" e se refere ao levedo em suspensão. Escolha sua opção, mas o condicionamento extendido suaviza a frutagem da Ale e produz uma cerveja excepcionalmente suave e delicada. A coloração oscila de âmbar a marrom-escuro, média carbonatação com grande balanço entre malte e lúpulos. A "Sticke" é uma versão mais forte de Altbier, e portanto um pouco mais maltada e lupulada. O teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.


O exemplar que ilustra a foto de hoje se chama Uerige Doppel Sticke, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre German Ales com o estilo Berliner Weissbier. Até lá!
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quinta-feira, 19 de março de 2009

4) FINNISH ALES 4a) SAHTI


Dizem que essa é uma das únicas cervejas primitivas a sobreviverem na Europa Oriental. É uma cerveja rural com raízes na Finlândia (daí o nome Finnish - nota do blogueiro). Inicialmente envasada por camponeses nos anos 1500, era produzida com os mesmos pisando os grãos que compunham sua malha em barris de madeira, com a mistura sendo então escavada em um cocho de madeira escavado a mão (chamado de kuurna) com uma cama de ramos de zimbro que agia como filtro. Uma tampa no fundo da kuurna seria puxada para permitir que a mistura doce (infusão líquida feita com a malha) passasse através do filtro de ramos, seguido por uma recirculação da mistura e um jato de água quente (removida dos grãos), os quais criavam uma infusão de zimbro. A Sahti também é conhecida por ser turva, porque a mistura não é fervida após a separação dos grãos e líquidos usados, deixando muita proteína para trás, produzindo então um tremendo corpo. O levedo finlandês de baixa floculação usado por padeiros produz uma cerveja não-filtrada, com abundância de sedimentos. A Sahti tradicional não é tipicamente lupulada, então a tarefa de balanceamento é deixada para os ramos de zimbro, que conferem um caráter pouco usual de resina e também atuam como conservante. Alguns comparam as Sahti às Hefeweizen alemãs, embora outros as considerem mais parecidas com as Lambic belgas devido à exposição com levedos selvagens e bactérias, bem como sua acidez característica.


O exemplar que ilustra a foto de hoje é a Lammin Kataja Olut, uma das poucas comerciais do estilo que pude localizar e que pode ser encontrada em



E assim termina a série sobre as Finnish Ales. Começa amanhã a série sobre German Ales, com o estilo Altbier. Até lá!


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quarta-feira, 18 de março de 2009

3s) WINTER WARMER


Essas cervejas doces e maltadas tendem a ser uma das sazonais de inverno preferidas. Grande presença de malte, tanto em sabor quanto corpo. A cor oscila de vermelho-amarronzado a quase preto absoluto. O amargor de lúpulo é geralmente baixo, nivelado e balanceado, mas o caráter de lúpulo pode ser pronunciado. O aquecimento alcoólico não é incomum. Muitas versões inglesas não contêm condimentos, embora alguns cervejeiros que produzam Ales sazonais de inverno condimentadas coloquem "Winter Warmer" no rótulo. Aquelas que são condimentadas tendem a seguir a tradição festiva de misturar Ales robustas com condimentados mixados, isso antes dos lúpulos se tornarem o ingrediente-chefe na cerveja. Variedades americanas tendem a ter grande presença de lúpulo, tanto no amargor quanto no sabor. O teor alcoólico oscila entre 5,5 a 8%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Highland Cold Mountain Winter Ale, é o melhor cotado do estilo e pode ser encontrado em

E assim termina a série sobre English Ales. Começa, e termina, amanhã a série sobre Finnish Ales, com o estilo Sahti. Até lá!

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terça-feira, 17 de março de 2009

3r) RUSSIAN IMPERIAL STOUT


Inspirada em cervejeiros lá dos anos 1800, essa é a rainha das Stouts, clamando alto volume alcoólico e abundante caráter de malte. Baixa a moderada carbonatação com imenso sabor tostado, de chocolate e malte queimado. Geralmente seca. Sugere frutas escura e forte e evidente sabor de álcool. O caráter de lúpulo varia de nenhum a balanceado a agressivo. O teor alcoólico oscila de 8 a 12%.


O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Deschutes The Abyss, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Termina amanhã a série sobre English Ales com o estilo Winter Warmer. Até lá!

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segunda-feira, 16 de março de 2009

3q) OLD ALE


Também chamadas no passado de "Stock" Ales, são cervejas de baixa atenuação com alto teor de dextrinas, criando um corpo com muito malte e mais ainda personalidade. As Old Ales de mais de cem anos atrás eram geralmente transferidas para tonéis afim de maturarem, daí o nome. Coloração oscila de um rico tom de âmbar escuro a marrom bem escuro; quase preto. Aromas domesticados. Embora os níveis de amargor possam variar enormemente, esperam-se características frutadas, semelhanças com vinho, malte intenso e boa presença de álcool. A vigorosa, mas adocicada, atitude do estilo pode também incluir notas ácidas, de uva-passa e groselha preta. Variedades de safra podem ter baixo teor de oxidação, enquanto versões mais fortes podem apresentaram similaridades com vinho do Porto. Os cervejeiros podem também inocular uma porção do lote com a bactéria Brettanomyces lambicus e envelhece-la por um período extendido de tempo para atingir um caráter ácido, da "velha guarda". O teor alcoólico oscila entre 4 e 12%.


O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Old Stock Cellar Reserve, é envelhecido em barris de conhaque e está atualmente ocupando o posto de mais bem votado do estilo na fonte de consulta, vide http://beeradvocate.com/beer/profile/112/37114

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo Russian Imperial Stout. Até lá!

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domingo, 15 de março de 2009

3p) OATMEAL STOUT


Essas Stout geralmente possuem corpo médio a encorpado, com uma suavidade extraordinária proveniente da adição de aveia à sua composição. A aveia não apenas acrescenta muita suavidade ao paladar como dá um toque de dulçor que não está presente em nenhum outro tipo de Stout. Tanto o nível de sabor tostado como de caráter de lúpulo irão variar. O teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.


Ilustra o espaço de hoje a Samuel Smith's Oatmeal Stout, cerveja que, além de originalmente ser destinada à mães em período de amamentação, também é o exemplar melhor cotado do estilo na fonte de consulta. Maiores detalhes podem ser encontrados em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo Old Ale. Até lá!

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sábado, 14 de março de 2009

3o) MILK/SWEET STOUT


São basicamente Stouts que tem um volume maior de dextrinas residuais e açúcares não fermentados que dão mais corpo à cerveja e um dulçor que contrabalança o caráter tostado. As Milk Stouts são muito similares às Sweet Stouts, mas os cervejeiros adicionam açúcares não fermentados, usualmente lactose, ao recipiente de envasamento para dar corpo e algum dulçor. O teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.
O exemplar de hoje se chama Bell's Kalamazoo Stout, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em
Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo Oatmeal Stout. Até lá!
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sexta-feira, 13 de março de 2009

3n) FOREIGN/EXPORT STOUT



Um estilo especial de stout que é envasado maior que o normal para longas jornadas, as mais tradicionais serão encontradas em regiões tropicais espalhadas pelo mundo. Mais alcoólica com caráter tostado bem pronunciado. O teor alcoólico oscila entre 6 e 9%.


O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Guinness Foreign Extra Stout, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

http://beeradvocate.com/beer/profile/209/10848


Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo Milk/Sweet Stout. Até lá!


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quinta-feira, 12 de março de 2009

4m) EXTRA SPECIAL/STRONG BITTER (ESB)


As ESB são essencialmente Bitters mais agressivas e balanceadas, tanto em álcool como em caráter de lúpulo, mas nada dominantes. A cor será similar, embora inclinando-se em relação ao final mais escuro da escala; dourado-escuro a cobre. Baixa carbonatação. Os maltes tendem a ser mais pronunciadas, geralmente tostados e frutados, talvez com algumas notas de diacetil. E apesar de terem "bitter" em seu nome, as ESB não são tão amargas assim. O segredo delas é o balanço.
O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Fuller's ESB, é o melhor cotado na fonte de estilo e pode ser encontrado em
Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo Foreign/Export Stout. Até lá!
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quarta-feira, 11 de março de 2009

3l) ENGLISH STRONG ALE


Mais representativa que uma Pale Ale ainda que menos que uma Barleywine, a English Strong Ale é uma cerveja rica e complexa. Muitas não são filtradas e condicionadas na garrafa. A cor tende e estar em algum lugar na escala entre âmbar e cobre-avermelheado. Elas usualmente apresentam uma corajosa mistura frutada, maltada e com ésteres. Os lúpulos podem oscilar de suave amargor a um caráter totalmente lupulado com sabor e aroma desafiador de lúpulo. O álcool pode ser bem perceptível, com possíveis notas de solvente. O teor alcoólico oscila entre 5,5 e 7,5%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Fuller's 1845, é o melhor cotado do estilo e já foi analisado aqui nesse beerlog (http://dr-beer.blogspot.com/2008/08/fullers-1845.html). Pode também ser encontrada em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo Extra Special/Strong Bitter (ESB). Até lá!

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terça-feira, 10 de março de 2009

3k) ENGLISH STOUT


Com um visual misterioso, as Stout tipicamente possuem coloração marrom-escuro a preto. Um perfil comum entre as representantes do estilo, mas não em todos os casos, é o uso de cevada tostada (cevada não-maltada que é secada em forno de cerâmica até o ponto de chamuscagem) que confere um caráter seco a cerveja, bem como um imenso sabor tostado que oscila de queimado a café/chocolate. Um balanço diferente de lúpulo depende da preferência do cervejeiro, mas o caráter tostado deve existir. O teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.


O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Nelson Blackheart Oatmeal Stout, é o melhor cotado do estilo e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo English Strong Ale. Até lá!

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segunda-feira, 9 de março de 2009

3j) ENGLISH PORTER


A Porter é conhecida por ter sido popular entre trabalhadores da área de transportes na Londres central, daí o nome. A maioria da documentação da cervejaria britânica tradicional dos anos 1700 declaram que o estilo era uma mistura de três diferentes estilos: uma Ale velha (vencida ou azedada), uma Ale nova (Brown ou Pale Ale) e uma Ale fraca (Mild Ale), com várias combinações de mistura e prazos de validade vencidos. O resultado final era comumente conhecido como “Entire Butt” ou “Three Threads” e tinha um agradável sabor nem velho e nem fresco, novo. Foi a primeira cerveja verdadeira engenhosamente planejada, que ia de encontro ao gosto do público, interpretando um papel crítico para matar a sede na época da Revolução Industrial no Reino Unido e dando os primeiros passos na construção das mega-cervejarias dos dias atuais.
A Porter retornou a seu índice mais alto de popularide durante a revolução da produção caseira de cerveja e das micro-cervejarias no final dos anos 1970 e no começo dos anos 1980 nos EUA. As Porters modernas são tipicamente produzidas usando uma base de malte claro com adição de malte escuro, cristal, chocolate ou marrom defumado. A adição de malte tostado é incomum, mas usada ocasionalmente. Alguns cervejeiros poderão envelhecer suas cervejas após a inoculação de bactérias vivas para criar um gosto autêntico. O amargor de lúpulo é moderado no geral e a cor oscila de marrom a preto. Permanecem sendo cervejas muito complexas e interessantes. O teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.


O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Fuller's London Porter, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e já foi resenhado aqui nesse beerlog (http://dr-beer.blogspot.com/2007/12/fullers-london-porter.html). Pode também ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo English Stout. Até lá!

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domingo, 8 de março de 2009

3i) ENGLISH PALE MILD ALE


Antes de começar o post gostaria de agradecer a todos os leitores que continuam acompanhando esse beerlog durante seus quinze meses de existência, completados hoje. Também me sinto na obrigação de comemorar a quebra da marca de 10,000 impressões de páginas nesse período (10,187 no momento) . Quero contar com a ajuda e divulgação de todos para dobrar esse número até o final do ano, bem como pleitear que, sempre que os interessem, ajudem-me também na parte publicitária do blog. Bem, pessoal, dito isso, vamos aos trabalhos de hoje. Long live the beer!


Similar a uma Bitter comum ainda que não tão lupulada, o estilo é uma delicada cerveja maltada. Lúpulos geralmente suaves com amargor balanceado. Diacetil frutado, enxofrado e amanteigado pode estar presente. O baixo teor alcoólico faz dessa Ale uma perfeita cerveja de degustação. O teor alcoólico oscila entre 3 e 5%.


O exemplar que ilustra o espaço de hoje chama-se Southern Tier Mild Ale, é o segundo melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em



Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo English Porter. Até lá!


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sábado, 7 de março de 2009

3h) ENGLISH PALE ALE


O estilo remete à cidade de Burton-upon-Trent, onde há abundância de água rica e carbonatada, que ajuda na claridade bem como incrementa o amargor do lúpulo. A coloração dessa Ale oscila entre dourado a âmbar-avermelhado, geralmente com boa retenção de espuma. Uma mistura de aromas e sabores frutados, lupulados, maltados, amanteigados e lembrando terra pode ser encontrada. Todos os ingredientes são tipicamente ingleses. O teor alcoólico oscila entre 3,8 e 6%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Landlord Strong Pale Ale e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo English Pale Mild Ale. Até lá!

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sexta-feira, 6 de março de 2009

3g) ENGLISH INDIA PALE ALE (IPA)


Inicialmente produzida na Inglaterra e exportada para as tropas britânicas na India durante o final dos anos 1700. Para resistir à viagem, as IPAs eram basicamente Pale Ales ajustadas que eram, em comparação, muito mais maltadas, se gabavam de um teor alcoólico mais elevado e eram bem lupuladas, já que o lúpulo é um conservante natural. Os historiadores acreditam que a IPA era diluída para as tropas, enquanto que os oficiais e a elite poderia saborear a cerveja com sua força total. A IPA inglesa tem menor teor alcoólico devido a taxação sofrida durante décadas. Quanto mais pobre a cerveja menos necessário é o teor de malte e menor é a necesidade de uma forte presença de lúpulo que facilmente colocaria a cerveja fora de balanço. Alguns cervejeiros tentaram recriar a IPA original com teor alcoólico próximo a 8-9% abv, enquanto que a faixa oficial oscila entre 4 e 6,5%.

O exemplar que ilustra a foto de hoje se chama Meantime India Pale Ale, já foi analisado aqui nesse beerlog há exatos três meses (http://dr-beer.blogspot.com/2008/12/meantime-india-pale-ale.html) e é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta. Pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo English Pale Ale. Até lá!
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quinta-feira, 5 de março de 2009

3f) ENGLISH DARK MILD ALE


A quintessencial cerveja britânica de degustação, como seu nome sugere, a Mild é conhecida por seu baixo nível de lúpulo. O teor alcoólico também é tradicionalmente muito baixo. Maltes com gosto de grãos a tostados podem estar presentes, mas é espera-se que seja encorpada devido às altas dextrinas produzidas na fermentação. Baixa carbonatação com espuma borbulhante. A cor oscila de dourado a marrom-escuro. Tradicionalmente uma Draft Beer popular em Londres e nas terras médias (Midlands) da Inglaterra. O teor alcoólico oscila entre 2 e 6%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Gale's Festival Mild, é a quarta melhor cotada do estilo na fonte de consulta (não encontrei imagens das 3 primeiras) e pode ser encontrada em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo English India Pale Ale (IPA). Até lá!

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quarta-feira, 4 de março de 2009

3e) ENGLISH BROWN ALE


Derivada da Mild Ale, o estilo tende a ser mais maltado e mais doce no paladar, além de mais encorpada. A cor oscila de marrom-avermelhado a marrom-escuro. Algumas versões serão mais inclinadas a terem ésteres frutados, enquanto outras tenderão a ser mais secas, com caráter de nozes. Todas aparentam ter baixo aroma de lúpulo e amargor. O teor alcoólico oscila entre 4 e 7%.


O exemplar que ilustra a foto de hoje se chama Samuel Smith's Brown Ale, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o subestilo English Dark Mild Ale. Até lá!

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terça-feira, 3 de março de 2009

3d) ENGLISH BITTER


O estilo foi criado por cervejeiros que queriam diferenciar aquelas ales de outras cervejas suaves, usando maltes claros e mais lúpulo. A maioria tem cor dourada a cobre e de corpo leve. Baixa carbonatação. O teor alcoólico deve ser baixo e pouco perceptível. O amargor de lúpulo vai de moderado a bem presente. A maioria é frutada no aroma e sabor; também pode haver presença de diacetil. São tradicionalmente condicionadas e servidas de barris, mas muitas cervejarias também apresentam versões engarrafadas. O teor alcoólico oscila de 3 a 5%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Surly Bitter Brewer, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo English Brown Ale. Até lá!

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segunda-feira, 2 de março de 2009

3c) ENGLISH BARLEYWINE


Apesar de seu nome, a Barleywine (vinho de cevada) é uma cerveja, embora seja uma variedade muito forte e intensa. Na verdade, é um dos mais fortes estilos de cerveja. Borbulhante e frutada, por vezes doce e outras agridoce, mas sempre alcoólica. Uma bebida dessa força e complexidade pode ser um desafio ao paladar. A cor vai de âmbar a marrom-escuro, com aromas oscilando de frutas intensas e lúpulos intensos. O corpo é tipicamente denso, o álcool será definitivamente percebido, e os sabores podem oscilar de frutas dominantes a lúpulos resinados, que se destacam muito no paladar. As variedades inglesas são bem diferentes dos esforços americanos, e o que os diferencia é que usualmente as versões americanas são insanamente lupuladas para fazer uma bebida mais amarga e com sabor de lúpulo, tipicamente usando lúpulos americanos da variedade “high alpha oil”. A versão inglesa tende a ser mais balanceada entre malte e lúpulos, com teor alcoólico ligeiramente menor, embora nem sempre seja esse o caso. A maioria dos Barleywine podem ser armazenados em porões (ou adegas) por anos, tipicamente envelhecendo como vinho. O teor alcoólico oscila entre 7 e 12%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Midnight Sun Arctic Devil Barley Wine, é o segundo melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo English Bitter. Até lá!

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domingo, 1 de março de 2009

3b) BRAGGOT


Esse é um estilo muito velho de cerveja, uma vez que foi até mesmo mencionada em Chaucer, Canterbury Tales no final dos anos 1300, e há ainda referências que datam até o século XII, na Irlanda. A Braggot é feita simplesmente pela mistura de condimentos e ervas com mead e cerveja, para produzir uma forte solução com sabores incomuns. Muitas tavernas faziam essa mistura ali mesmo no bar, enquanto que os cervejeiros também poderiam faze-la. Deve haver um balanço entre o caráter de mel e o sabor de malte com o amargor de lúpulo não sobrepondo o dulçor, que ainda assim deve ser perceptível. A Brggot atual pode ou não ser condimentada. O teor alcoólico oscila entre 6 e 12%.

O exemplar que ilustra o espaço de hoje se chama Magic Hat Braggot, é o melhor cotado do estilo na fonte de consulta e pode ser encontrado em

Continua amanhã a série sobre English Ales com o estilo English Barleywine. Até lá!

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