segunda-feira, 4 de abril de 2011

DRY HOPPING


Após o post de ontem, sobre a Bodebrown Hop Weiss, notei em sua descrição um termo que, apesar de não ser desconhecido totalmente a mim, não tinha conhecimento de como o mesmo era feito, o dry hopping. Para melhor esclarecer a mim, e a leitores que tivessem a mesma dúvida, resolvi publicar hoje um texto que pudesse trazer algum esclarecimento. Aos leitores que tenham maior conhecimento sobre ele, peço que comentem e também apontem qualquer erro que possa estar contido no texto, que encontrei no blog beerity.


Apesar do que muitas empresas fazem você pensar, os lúpulos geralmente são acrescentados à cerveja três vezes durante a fervura, uma para dar amargor, uma pra dar sabor e outra pra dar aroma. Às vezes, no entanto, ainda mais lúpulos são adicionados através de processos adicionais; muitos cervejeiros desenvolveram novas e interessantes formas para adicionar aquele toque extra de lúpulo.

Embora algumas cervejarias tenham inventado métodos exclusivos, como o utilizado na Dogfish Head’s Randall the Enamel Animal, há alguns métodos mais experimentados e testados que muitas cervejarias empregam. Um deles é o dry hopping (em uma tradução livre, lupulagem seca).

O dry hopping é o processo de acrescentar lúpulo a uma cerveja depois de estar pronta, mas antes de ser engarrafafada e carbonatadada. Usualmente o dry hopping é parte de uma fermentação secundária. Esse é um passo extra que os cervejeiros podem dar pra ajudar a conferir claridade e complexidade à cerveja.

Uma vez que a fermentação primária esteja completa e a infusão de malte açucarada tenha sido transformada em álcool, o cervejeiro irá transferir essa cerveja não carbonatada a um recipiente onde será efetuada a segunda fermentação, no qual mais lúpulos são adicionados para o dry hopping. Devido ao fato dos lúpulos precisarem ser fervidos para soltarem os óleos que conferem amargor, o dry hopping de nenhuma forma acrescenta sabor ou amargor à cerveja. O que ele realmente ajuda é no aroma, conferindo um forte cheiro de lúpulo diferente de qualquer coisa que possa ser proveniente de adições normais de lúpulo. Isso pode não parecer muito, mas lembre que nosso olfato é fortemente conectado ao que nós percebemos como sabor. É esse o motivo pelo qual nada tem um sabor gostoso quando estamos podres de gripe - não podemos sentir cheiro!

Após assentar-se e adoçar-se na fermentação secundária, a cerveja terá continuado a fermentar ligeiramente, envelhecendo e permitindo que aromas adicionais de lúpulo do dry hopping se infiltrem na cerveja. O resultado á uma cerveja lupulada e aromática. Devido aos fortes aromas de lúpulo que o processo confere a cerveja, não é usado em todos os estilos. No entanto, é perfeito para IPAs do estilo West Coast IPAs e Double IPAs, que frequentemente testam os limites de quão lupulada uma cerveja pode ser.

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